Dados do Trabalho
Título
FATORES DE MORBIDADE EM HOSPITAL UNIVERSITARIO DE PETROLINA-PE, ENTRE 2012 E 2016
Fundamentação/Introdução
As causas externas de morbidade e mortalidade compreendem os agravos resultantes dos acidentes de trânsito, afogamentos, envenenamentos, quedas, bem como as violências que envolvem as agressões, homicídios, suicídios e abusos sexuais, apresentando caráter endêmico e expressivo aumento nos serviços de saúde pública do país.
Objetivos
Verificar as principais causas associadas à morbidade hospitalar no Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco entre os anos de 2012 e 2016.
Delineamento e Métodos
Estudo descritivo, do tipo levantamento epidemiológico, cujos dados foram obtidos por meio de consulta à base de dados do Sistema de Informação Hospitalares do SUS (SIH/SUS), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram estudadas variáveis referentes aos fatores mais prevalentes de morbidade entre os anos de 2012 a 2016, no HU da UNIVASF, em Petrolina-Pernambuco.
Resultados
A análise dos dados permitiu apontar prevalência, dentre os capítulos da Classificação Internacional de Doenças – CID 10, de Lesões, envenenamentos e algumas outras consequências de causas externas, representando 42% de todas as causas de morbidade, com aumento de 12,1% no período citado. Em segundo lugar, estão as Doenças do aparelho circulatório (15,8%), as quais apresentaram relativa tendência à estabilidade ao longo dos anos. Seguem-se a elas Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com os serviços de saúde (10%), Doenças do aparelho digestivo (9%) e Doenças do aparelho respiratório (5,2%). Nestas últimas, redução significativa das taxas foram observadas no período citado (47,1% e 60,7%, respectivamente).
Conclusões/Considerações Finais
O Nordeste apresenta maiores concentrações populacionais nos grupos de idade mais jovem, o que estabelece relação com a alta prevalência de acidentes de transporte e agressões físicas como causa de morbidade, sabidamente mais frequentes nessa faixa etária. Não obstante, as quedas como mecanismo de trauma são frequentes pelo aumento da população idosa no Brasil, evidenciado no incremento de 18,8% de pessoas com mais de 60 anos nos últimos 6 anos. Nessa perspectiva, faz-se necessário o fomento de políticas públicas voltadas ao combate à violência urbana e rigoroso controle das imprudências cometidas no tráfego automotivo, bem como uma rede estruturada de atenção e cuidado à saúde do idoso, os quais previnam fatores debilitantes da população e congestionantes do atendimento público.
Palavras Chaves
Morbidade. Trauma. Quedas.
Área
Clínica Médica
Instituições
UNIVASF - Universidade Federal do Vale do São Francisco - Pernambuco - Brasil
Autores
JHONY RODRIGUES AGUILAR, TALITA QUIRINO BARBOSA, KARYNE KRYSLEY ALMEIDA COELHO, JOSÉ ALVES DE SOUZA ARAGÃO, LUANA BARROS CAXIAS DE SOUZA