X Congresso Mineiro de Clínica Médica e VI Congresso Mineiro de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

USO DE PROTESE METALICA AUTOEXPANSIVEL ENTERAL COMO TRATAMENTO PALIATIVO DE RECIDIVA TUMORAL EM ANASTOMOSE ESOFAGO-JEJUNAL

Fundamentação/Introdução

O tratamento padrão de obstruções malignas gastrointestinais em pacientes com um bom prognóstico é a derivação cirúrgica. Entretanto, nos pacientes com doença avançada e comprometimento do estado geral, o tratamento paliativo com o uso de Prótese Metálica Autoexpansível (PMAE) é uma excelente alternativa de permeação dessas estenoses malignas com rapidez e eficácia.

Objetivos

Relatar um caso de neoplasia gastrointestinal que procedeu com a colocação de PMAE via endoscópica como alternativa paliativa. Avaliação evolutiva, através de dados clínicos e endoscópicos, de paciente com neoplasia gastrointestinal, submetida à paliação com o uso de prótese enteral.

Descrição do caso

Masculino, 80 anos, branco, casado, aposentado, natural de Campos dos Goytacazes - RJ. Há 5 anos iniciou com quadro dispéptico importante, sendo submetido à gastrectomia total para tratamento de adenocarcinoma gástrico avançado. Há 30 dias, o paciente voltou a apresentar dispepsia progressiva, náuseas e vômitos pós-prandiais. Em outro serviço, foi realizada uma Endoscopia Digestiva Alta (EDA), que evidenciou anastomose esôfago-jejunal, associada a pequeno “pouch”, com confecção em Y-de-Roux. Ao nível da boca anastomótica alimentar, observou-se mucosa endurecida, infiltrativa e friável, que não permitia a progressão do endoscópico, sugerindo recidiva tumoral. Veio encaminhado pela cirurgia oncológica ao serviço de endoscopia do hospital, a fim de avaliar o implante de PMAE. Durante EDA intervencionista, após visualização da lesão, fez-se a progressão do cateter pela estenose tumoral, a instilação de contraste e a demarcação dos limites da lesão por radioscopia. Foi progredido um fio-guia hidrofílico pela estenose e liberada a PMAE descoberta de 9 cm de extensão, sob visão direta. Em 48 horas, o paciente obteve melhora completa do quadro e foi encaminhado para o acompanhamento oncológico. O paciente apresentou uma sobrevida de 5 meses após o implante da PMAE.

Conclusões/Considerações Finais

Enfatizar a segurança e eficácia que a PMAE proporciona ao restabelecer o trato gastrointestinal após obstrução maligna, garantindo uma melhora nutricional e na qualidade de vida do paciente.

Palavras Chave

Tratamento Paliativo; Oncologia; Endoscopia

Área

Clínica Médica

Autores

CAMILA DE FARIA BORGES, THIAGO TAVARES BERNARDO, ROGERIO MUYLAERT DE CARVALHO BRITTO, JÚLIA FAZOLI DE CARVALHO, GUILHERME FALCÃO RIBEIRO FERREIRA