X Congresso Mineiro de Clínica Médica e VI Congresso Mineiro de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

USO DE PROTESE METALICA AUTOEXPANSIVEL ESOFAGICA COMO TRATAMENTO DE ESTENOSE ACTINICA REFRATARIA

Fundamentação/Introdução

O câncer (CA) de esôfago é uma doença altamente agressiva, sendo a 6ª causa de morte por CA no mundo. Nas obstruções esofágicas malignas, a prótese endoscópica é vantajosa por proporcionar alívio instantâneo da disfagia e controle da fístula traqueoesofágica.

Objetivos

Realçar a qualidade de vida proporcionada pelo implante de prótese esofágica como forma de paliação da disfagia. Trata-se de um relato de caso, onde é feita uma avaliação evolutiva, através de dados clínicos e endoscópicos, de paciente com CA de esôfago avançado, submetida à paliação com o uso de prótese.

Descrição do caso

Feminina, 70 anos, parda, casada, do lar, natural de Quissamã - RJ. Iniciou com queixas disfágicas importantes, tendo sido diagnosticada com CA epidermóide esofágico e submetida à radioterapia (RT). Após o término do tratamento, evoluiu com disfagia progressiva. Realizou uma Endoscopia Digestiva Alta (EDA), que evidenciou esofagite estenosante pós-RT, sendo submetida à dilatação com vela de Savary. A paciente apresentou estenose refratária e, após realizar 4 sessões de dilatação em outro serviço, foi indicado o implante de Prótese Metálica Autoexpansível (PMAE). Nutrindo-se através de sonda nasoentérica (SNE), deu entrada no hospital, onde foi realizada nova EDA, que evidenciou estenose esofágica ao nível do esôfago torácico e presença de SNE completamente coaptada por mucosa esbranquiçada, endurecida e friável. Durante o procedimento, observou-se, sob radioscopia e após instilação de contraste, um afilamento segmentar com cerca de 4cm de extensão. Delimitada a estenose, realizou-se a passagem de fio-guia rígido, seguido do implante da PMAE (10x2,3cm), totalmente recoberta, sem necessidade de dilatação. A PMAE permaneceu por 3 semanas com ótima tolerância e foi retirada sem intercorrências. A paciente ficou em dieta zero até o dia seguinte, quando foi feito um novo controle endoscópico. Introduziu-se dieta líquida/pastosa assistida após 24h da retirada, apresentando uma discreta disfagia, porém com melhora completa em 72h. Após 1 semana da retirada da PMAE, foi introduzida dieta sólida, sendo bem aceita. Durante o acompanhamento clínico por 6 meses, a paciente não apresentou sintomas disfágicos, melhorando a sua qualidade de vida.

Conclusões/Considerações Finais

: Destaca-se a eficácia do uso de PMAE como forma de paliação da disfagia provocada por CA esofágico avançado, proporcionando melhora da qualidade de vida através da manutenção da ingesta oral, minimização do tempo de internação e alívio dos sintomas.

Palavras Chave

Cuidados Paliativos; Estenose Esofágica; Endoscopia

Área

Clínica Médica

Autores

CAMILA DE FARIA BORGES, THIAGO TAVARES BERNARDO, ROGERIO MUYLAERT DE CARVALHO BRITTO, JÚLIA FAZOLI DE CARVALHO, GUILHERME FALCÃO RIBEIRO FERREIRA