X Congresso Mineiro de Clínica Médica e VI Congresso Mineiro de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ANALISE DAS CARACTERISTICAS EPIDEMIOLOGICAS DA POPULAÇAO ACOMETIDA POR FEBRE AMARELA EM MINAS GERAIS (2016-2017)

Fundamentação/Introdução

A febre amarela (FA) é uma doença infecciosa aguda, febril, não contagiosa, de curta duração e gravidade variável, causada por um arbovírus pertencente ao gênero Flavivirus, família Flaviridae. As complicações da doença envolvem insuficiências hepática e renal, podendo evoluir para o óbito. Não existe tratamento específico para a FA, sendo tratados os seus sintomas. O principal desafio é o controle da doença, que pressupõe a erradicação ou controle do vetor, pela monitorização dos índices de infestação pelo Aedes aegypti e aplicação de seu imunobiológico específico. Assim, torna-se importante conhecer o cenário epidemiológico desta doença, a fim de possibilitar o planejamento de ações que visem o controle em termos de coletividade/população.

Objetivos

Descrever e analisar as características epidemiológicas da população acometida por febre amarela (FA) em Minas Gerais no período de janeiro de 2016 a julho de 2017

Delineamento e Métodos

Trata-se de estudo transversal, descritivo, utilizando dados secundários referentes aos casos de febre amarela notificados entre 03 de janeiro de 2016 a 08 de julho de 2017, coletados no banco de dados de acesso público do Departamento de Vigilância à Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Minas Gerais. A coleta dos dados ocorreu na segunda quinzena de outubro de 2017, considerando os casos notificados até a semana epidemiológica de número 27 (08 de julho).

Resultados

Foram notificados 1677 casos, sendo confirmados 427 para FA e 133 óbitos pela doença; e taxa de letalidade de 31,3%. A maioria dos casos era de adultos jovens, sexo masculino, com ocupação rural e baixa escolaridade. Nas epizootias, em 2016, 28 municípios notificaram e 1 confirmou morte de macaco por FA; em 2017, 182 municípios notificaram e 142 confirmaram. A cobertura vacinal média entre janeiro de 2016 e julho de 2017 foi inferior a 90% em 96% das Unidades Regionais de Saúde. Destacam-se elevadas porcentagens de campos não preenchidos nas notificações.

Conclusões/Considerações Finais

Análises mais profundas acerca do perfil epidemiológico dos casos de FA no Estado necessitam ser realizadas, na tentativa de direcionar as ações de combate e controle, direcionando aos grupos mais vulneráveis, sem esquecer-se da população em geral. Além disso, são necessários investimentos em estratégias que melhorem a forma de preenchimento, utilização e fidedignidade dos dados, com educação permanente dos profissionais.

Palavras Chaves

Epidemiologia Descritiva; Perfil Epidemiológico; Febre Amarela; Notificação Compulsória.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal de São João Del Rei - Minas Gerais - Brasil

Autores

JADE CHARTONE EUSTAQUIO, Fabiana Tambellini Casali, Patrícia Silva Rodriguez, Luís Paulo Souza e Souza, Andressa Vallotti Balieri