Dados do Trabalho

Título

LOMBALGIA POR ESTENOSE VERTEBRAL EM PACIENTE IDOSO

Fundamentação/Introdução

Dentre os vários diagnósticos diferenciais levantados na abordagem da lombalgia, a estenose vertebral é classificada como uma lombalgia músculo esquelética (mecânica) do tipo específica. Esta patologia resulta de processos degenerativos que comprimem a medula espinhal, cauda equina, raízes nervosas e/ou vasos sanguíneos da região. Clinicamente, apresenta-se como desconforto persistente nas costas e pernas, associado com a posição ortostática e deambulação, com alívio ao sentar-se. Os sintomas são bilaterais e, frequentemente, acompanhados de claudicação neurogênica. A relevância dessa patologia associa-se a alta prevalência nos pacientes acima dos 65 anos.

Objetivos

Abordar o diagnóstico diferencial da lombalgia por estenose vertebral, tendo em vista sua alta prevalência, particularmente em idosos.

Descrição do caso

Paciente do sexo feminino, 82 anos, residente de Ouro Preto, Minas Gerais. Apresenta mobilidade limitada devido à lombalgia que irradia para ambos os membros inferiores até os pés. Dor em queimação e intensa, sente alívio com repouso. Faz uso de cloridrato de tramadol e paracetamol quando a dor se acentua. Ao exame físico, apresenta claudicação neurogênica. Ausência de alterações ao exame neurológico, sensibilidade tátil, vibratória e propriocepção preservados e teste de Lasègue negativo. Dor à extensão dos membros inferiores e força muscular preservada. A hipótese diagnóstica foi de estenose do canal vertebral. Na conduta do caso solicitou-se radiografia da coluna lombar, anteroposterior e perfil. Foi prescrito dipirona 1g (uso contínuo), 8 em 8 horas, nos episódios de dor e de cloridrato de tramadol 50 mg, 1 comprimido de 12 em 12 horas, se dor forte. A paciente foi encaminhada ao ortopedista.

Conclusões/Considerações Finais

A queixa de lombalgia acomete 1 em cada 4 idosos. As causas mais comuns de lombalgia nesta faixa etária são: mecânicas, radiculopatias, fraturas por osteoporose, processos degenerativos das vértebras e tumores. Tendo como base para a análise clínica, a medicina baseada em evidências, as likelihood ratio da presença ou ausência de alguns sintomas da paciente, tais como: melhora da dor após inclinar-se para frente, claudicação neurogênica, dor em posição ortostática e a não ocorrência de dor ao sentar, a principal hipótese diagnóstica foi de estenose do canal vertebral.

Palavras Chave

lombalgia, canal vertebral, atenção primária.