Dados do Trabalho
Título
PERFIL CLINICO-EPIDEMIOLOGICO DOS CASOS DE FEBRE AMARELA NO BRASIL ENTRE JANEIRO E MAIO DE 2017
Fundamentação/Introdução
A Febre Amarela (FA) se apresenta como uma doença de grande importância epidemiológica devido a sua gravidade clínica e elevado potencial de disseminação em áreas urbanas. O aumento do número de casos de FA silvestre, a alta densidade de infestação pelo Aedes aegypti e a baixa cobertura vacinal são fatores que favorecem o risco da reurbanização da FA no Brasil. Assim, conhecer sobre a FA no Brasil, considerando o atual contexto, torna-se importante, visando contribuir para o aprimoramento nas ações de vigilância e controle.
Objetivos
Traçar o perfil epidemiológico da febre amarela no Brasil, no período entre 05 de janeiro e 31 de maio de 2017, período de surto da doença no país.
Delineamento e Métodos
Estudo descritivo, transversal, utilizando dados secundários referentes a todos os casos humanos de febre amarela notificados no período de 05 de janeiro a 31 de maio de 2017 no Brasil, os quais tiveram início dos sintomas a partir de 01 dezembro de 2016. Os dados foram coletados em agosto de 2017, no site do Ministério da Saúde, na Secretaria de Vigilância em Saúde, junto ao Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública sobre Febre Amarela.
Resultados
No período de 05 de janeiro a 31 de maio de 2017, foram notificados ao Ministério da Saúde 3.240 casos suspeitos de febre amarela silvestre, sendo que destes, 792 (24,5%) foram confirmados, 519 (16%) casos permanecem em investigação e 1.929 (59,5%) foram descartados. A região do país mais afetada foi a Sudeste (2.877); e o estado com a maior notificação foi Minas Gerais (1.595). Observaram-se maior número de casos em homens, adultos jovens (41-45 anos). Dos casos, 435 evoluíram para óbito, sendo que 274 (63%) foram confirmados. A taxa de letalidade no país foi de 34,5%. Sobre os registros de Epizootias, notificaram-se 3.850; destas, 642 foram confirmadas para FA.
Conclusões/Considerações Finais
Constatou-se elevado número de notificações e confirmações no período analisado, mostrando a necessidade de investimento em pesquisas que avaliem mais profundamente as características clínicas e epidemiológicas dos casos. Conclui-se, ainda, que o risco de transmissão da FA não se concentrou apenas em algumas regiões, já que a ocorrência dos casos se deu em todo o território nacional, evidenciando a necessidade de intensificação da higiene nas regiões urbanas e o acesso à informação para a população acometida pela FA.
Palavras Chaves
Febre Amarela; Vigilância Epidemiológica; Epidemiologia Descritiva; Brasil.
Área
Clínica Médica
Autores
ANDRESSA VALLOTTI BALIERI, ROSÂNGELA DE OLIVEIRA COTTA, JADE CHARTONE EUSTÁQUIO, PATRÍCIA SILVA RODRIGUEZ, LUÍS PAULO SOUZA E SOUZA