X Congresso Mineiro de Clínica Médica e VI Congresso Mineiro de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

DIAGNOSTICO DE DOENÇAS DERMATOLOGICAS PELO CLINICO: PRINCIPAIS DESAFIOS

Fundamentação/Introdução

Fundamentação/Introdução
Sabendo que a pele é o maior órgão do corpo humano e que suas afecções são altamente prevalentes, o diagnóstico das doenças de pele pelo médico não dermatologista pode ser considerado um desafio na prática clínica.

Objetivos

Objetivos
As doenças de pele figuram entre as três primeiras causas de demanda nos serviços de saúde e têm influência na qualidade de vida dos pacientes, inclusive com comprometimento psicossocial. O objetivo deste estudo é, através de um relato de caso, pontuar as principais condições que interferem no correto diagnóstico e tratamento das dermatopatologias pelo clínico geral.

Descrição do caso

Descrição do caso
Paciente JVS, 58 anos, faiodermo. Admitido no pronto atendimento em 25/06/17 com queixa de lesões cutâneas generalizadas. Quadro dermatológico há mais de 2 anos, já tendo consultado com diversos profissionais sem resolução ou tratamento satisfatórios. Paciente informa mal sobre evolução das lesões no último ano. Agudização nos últimos 8 dias, com presença de bolhas, prurido e eritema. Em uso de polifarmacia, e por vezes automedicação. Lesões vesico-bolhosas exulceradas, algumas com aspecto de alvo. Hipóteses diagnósticas: farmacodermia, pênfigo, eritema polimorfo e epidermólise bolhosa adquirida. Prescrito corticoterapia e compressas com permanganato de potássio, bem como a suspensão das medicações atuais. Mesmo com tratamento manteve prurido e surgimento de novas lesões, e em 30/06/17 associou-se oxacilina após cultura de pele. Diante da resposta insatisfatória realizou interconsulta com dermatologista em BH dia 12/07/17 com provável diagnostico de penfigoide bolhoso ou eritema polimorfo. Realizada biopsia e sugerido otimizar corticoide associada a hidratação cutânea. Em 13/07/17 apresentou dispnéia com esforço respiratório, estridor laríngeo e edema de orofaringe. Tranferido para CTI devido a piora do padrão respiratório e posteriormente para hospital de referência em BH.

Conclusões/Considerações Finais

Conclusões/Considerações Finais
Principais desafios: qualidade das informações fornecidas e negligência aos sinais cutâneos; automedicação que pode mascarar sintomas e atrasar o correto diagnóstico; inúmeros diagnósticos diferenciais devido a semelhança com outras lesões; e a falta de treinamento/limitação técnica já que o ensino dermatológico nos cursos de graduação em Medicina tem tempo de aprendizagem limitado e isso se reflete na prática clínica sob a forma de diagnósticos tardios, abordagem inadequada das lesões e por vezes com prescrições incorretas.

Palavras Chave

Diagnóstico diferencial; desafios; doenças de pele

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Fundação Ouro Branco - Minas Gerais - Brasil

Autores

MAURICIO ADRIANO DO VALE MILAGRES, CAMILA MARA EMERICK MOREIRA MILAGRES, Frederico Galdino Leão Dutra, Maria Inez Ferreira Oliveira Santos