Dados do Trabalho
Título
IMPACTO EPIDEMIOLOGICO DA SEPSE NA SAUDE PUBLICA NO ESTADO DE MINAS GERAIS
Fundamentação/Introdução
A sepse é definida como uma disfunção orgânica com risco a vida, causada por uma resposta desregulada do hospedeiro à infecção. Embora sua verdadeira incidência seja desconhecida, estimativas indicam que a sepse é uma das principais causas de mortalidade e doença crítica em todo o mundo com custo de mais de U$$ 20 bilhões em 2011 nos EUA.
Objetivos
Apresentar dados epidemiológicos sobre sepse no Estado de Minas Gerais.
Delineamento e Métodos
Análise observacional, descritiva, transversal e estatística de dados coletados no Sistema de Informações Hospitalares (SIH) do DATASUS de janeiro 2010 a junho 2018.
Resultados
No período analisado ocorreram, no estado de Minas Gerais, 133.027 internações por sepse, sendo 52.64% dos pacientes do sexo masculino e 47.35% do sexo feminino, correspondendo ao terceiro valor mais alto dentre as doenças infecciosas e parasitárias. A divisão de internações por faixa etária apresenta-se da seguinte forma neste período: Menores de 1 ano, 18.015; 1 a 4 anos, 4.032; 5 a 9 anos, 1.602; 10 a 14 anos, 1.281; 15 a 19 anos, 1.980; 20 a 29 anos 4.786; 30 a 39 anos, 6.539; 40 a 49 anos, 9.708; 50 a 59 anos, 15.168; 60 a 69 anos, 19.588; 70 a 79 anos, 23.666; e 80 anos a mais, 26.662. Realizando um panorama cronológico, observa-se que 10.631 internações foram em 2010; 11.390 em 2011; 13.026 em 2012; 14.324 em 2013; 16.169 em 2014; 17.533 em 2015; 19.163 em 2016; 20.437 em 2017; e 10.354 até junho de 2018. Há uma predominância de atendimento de caráter de urgência com 99.2% do número total, sendo que 34.9% dos casos totais evoluíram para óbito. O valor total gasto com sepse nesse período foi de R$ 549.963.084,13. Observa-se que foi o custo mais alto dentre as doenças infecciosas e parasitárias e o terceiro dentre as demais doenças. O tempo médio de internação foi de 12,6 dias e com um valor médio por internação de R$ 3.622,72.
Conclusões/Considerações Finais
Líder em custos hospitalares dentre as afecções de origem infecciosa no estado, a gravidade e o acometimento multissistêmico se associam ao alto custo hospitalar e a alta mortalidade dessa doença. Durante o levantamento dos dados, constataram-se dois aspectos: a faixa etária de menores de 1 ano como a mais acometida por sepse no grupo infantil, e o aumento de prevalência conforme evolui a idade no grupo adulto. Os idosos foram os mais acometidos em comparação às demais faixas etárias. Viu-se também que a cada ano, o número de internações aumentou progressivamente em provável virtude da sofisticação de novos protocolos da sepse e evolução dos métodos diagnósticos.
Palavras Chaves
Sepse; Impacto; Epidemiologia
Área
Clínica Médica
Instituições
UNIGRANRIO - Rio de Janeiro - Brasil
Autores
ANDRE MELO DE FARIA, Igor André Telles da Cunha, Fernando César da Costa Duarte, Leandro Bonecker Lora, João Renato Cardoso Mourão