X Congresso Mineiro de Clínica Médica e VI Congresso Mineiro de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

PE DIABÉTICO: UMA COMPARAÇÃO ENTRE O ESTADO DE MINAS GERAIS, A REGIÃO SUDESTE E O BRASIL

Fundamentação/Introdução

Pé Diabético é o termo utilizado para nomear as variadas alterações e complicações, sejam de característica neurológica, ortopédica, vascular e infecciosa, que ocorrem de forma isolada ou em conjunto nos pés e membros inferiores dos pacientes portadores de Diabetes.

Objetivos

Comparar o perfil epidemiológico de pé diabético complicado no Estado de Minas Gerais (MG) em relação a Região Sudeste e o Brasil.

Delineamento e Métodos

Estudo quantitativo, epidemiológico, descritivo e transversal, com pesquisa de informações por meio da plataforma DATASUS, segundo dados entre janeiro 2013 e Junho 2018.

Resultados

No período analisado ocorreram, no Estado de Minas Gerais, 8.932 internações para tratamento de pé diabético complicado. O tempo médio de hospitalização em MG foi de 7,65 dias, enquanto na Região Sudeste foi de 8,2 dias e no Brasil de 7,9 dias. Ao realizar um panorama cronológico observa-se que em MG ocorreu aumento na incidência de internações no decorrer dos anos, sendo 1.264 internações em 2013; 1.367 em 2014; 1.597 em 2015; 1.681 em 2016; 2,117 em 2017; e 906 até junho de 2018. Nesse período foram identificados 154 óbitos com manutenção da taxa de mortalidade média de 1,73%, enquanto no Sudeste,
a taxa de mortalidade foi de 3,41% e 3,32% no âmbito nacional. O valor total gasto nas internações do estado de MG foi de R$5.237.311,03, com média de R$588,54 por hospitalização, valor maior que a média regional (R$567,84) e nacional (R$568,41).

Conclusões/Considerações Finais

O custo humano e financeiro com internações oriundas dessa complicação é imenso e, seu controle ou prevenção, depende de conscientização quanto à necessidade de um bom controle da doença através da implantação de assistência informativa e preventiva, de diagnóstico precoce e de tratamento mais resolutivo nos estágios iniciais. Essa visão se antagoniza à visão corrente do membro em estágio terminal, necrosado e infectado, encontrada nos serviços de emergência, resultado da prevenção inexistente, de atendimentos inespecíficos e da falta de diagnóstico. A adoção dessas ações de saúde paradoxalmente simples com o estabelecimento de facilitação ao acesso, educação dos profissionais de saúde e conscientização de pacientes e familiares, contribuíram efetivamente para menor tempo de hospitalização e menor taxa de mortalidade média no Estado de Minas Gerais, com valor médio gasto com internações apenas modicamente maior do que nos outros Estados da Região Sudeste e do Brasil.

Palavras Chaves

pé diabético; epidemiologia

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIGRANRIO - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

ANDRE MELO DE FARIA, Igor André Telles da Cunha, João Renato Cardoso Mourão, Leandro Bonecker Lora, Fernando César da Costa Duarte