X Congresso Mineiro de Clínica Médica e VI Congresso Mineiro de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

CARCINOMA HEPATOCELULAR EM PACIENTE ALOTRANSPLANTADO POR HEPATITE FULMINANTE DECORRENTE DA DOENÇA DE WILSON

Fundamentação/Introdução

Introdução: O carcinoma hepatocelular é uma neoplasia agressiva e pode acometer várias faixas etárias. No geral, segundo os dados históricos do Instituto Nacional do Câncer, (INCA), essa patologia apresenta taxa de incidência que não ultrapassa os 10%, ademais, apresenta tal razão menor ainda quando se trata da variante fibrolamelar que afeta os pacientes nas duas primeiras décadas de vida.

Objetivos

Objetivos: Chamar a atenção para o risco de alotransplantes com processo neoplásico instituído e avaliar a necessidade de se realizar o exame patológico macroscópico, bem como citopatológico e marcadores tumorais específicos antes de cirurgias de homotransplantes.

Descrição do caso

Descrição do caso: Paciente P.H.S, sexo masculino, procedente de Belo Horizonte/MG, 12 anos, previamente hígido. Desenvolveu hepatite fulminante em 2017 com as suspeições iniciais de infecção pelo vírus da hepatite A, (HAV) ou intoxicação por acetaminofeno. Ao investigar a etiologia da inflamação do fígado fez-se o diagnóstico da Doença de Wilson como promotora do evento agudo através das dosagens do cobre sérico, ceruloplasmina e cobre no tecido hepático. Oito meses após o transplante foi encontrado através da tomografia computadorizada do abdome, uma lesão heterogênea, calcificada e com delimitação imprecisa no lobo direito do fígado. P.H.S foi submetido à laparotomia prosseguida de segmentectomia hepática na qual foi removido o tumor juntamente com linfonodos adjacentes. O exame anatomopatológico da massa tumoral foi confirmatório para carcinoma hepatocelular do tipo fibrolamelar.

Conclusões/Considerações Finais

Conclusões: O hepatocarcinoma fibrolamelar tem crescimento de forma lenta e não possui fatores determinantes bem definidos para sua instalação. Conclui-se, portanto, que o fígado do doador já continha células cancerosas quiescentes e que ao ser transplantado, a atividade neoplásica exacerbou-se devido ao tratamento imunossupressor que o receptor do órgão realizou.

Palavras Chave

hepatocarcinoma, transplante, fibrolamelar

Área

Clínica Médica

Instituições

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS - Minas Gerais - Brasil

Autores

GUSTAVO FERNANDES DA SILVA