Dados do Trabalho
Título
ENDOLEAK PRECOCE NO TRATAMENTO DE CORREÇAO ENDOVASCULAR DE ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL, UM RELATO DE CASO
Introdução
Introdução: O aneurisma de aorta abdominal (AAA), presente em cerca de 2% da população acima de 50 anos, tem como fatores de risco tabagismo, hipertensão e histórico familiar. A complicação mais frequente é a rotura onde apenas 50% dos pacientes conseguem chegar ao hospital.
Objetivos
Objetivo: O presente estudo tem por objetivo relatar caso de endoleak tipo 3 precoce, após uma segunda correção com stent, em AAA previamente tratado com endoprótese em paciente com múltiplas comorbidades. O relato apresenta sua relevância pelo achado incomum relacionado ao volume e extensão do AAA.
Descrição do caso
Descrição do caso: Homem branco, 68 anos, hipertenso, dislipidêmico, portador de fibrilação atrial crônica anticoagulado, história de doença arterial coronariana com dois infartos agudos, ultimo há menos de um ano, insuficiência cardíaca com fração de ejeção levemente reduzida (47%) e AAA tratado com endoprótese há 10 anos, que apresentava dor abdominal hipogástrica há 4 dias. Em angiotomografia de abdome admissional, presença de endoprótese aortoilíaca e de artéria ilíaca interna direita. Dilatação aneurismática fusiforme da aorta abdominal infrarrenal, estendendo-se inferiormente até a bifurcação das ilíacas, medindo 15,1 X 11,3 X 15,5 cm. Sinais de enchimento do saco aneurismático compatível com endoleak tipo 2. Estável hemodinamicamente foi abordado com implante de endoprótese de aorta torácica até aorta abdominal com ramificações para ramos viscerais (tronco celíaco, artéria mesentérica superior, artérias renais direita e esquerda). Após, iniciou-se dupla antiagregação e anticoagulação terapêutica. Após 6 dias evoluiu com instabilidade hemodinâmica e queda hemantimétrica e em angiotomografia de abdome, AAA infrarrenal com diâmetros axiais de 16,3 x 12,7cm e extravasamento de contraste compatível com endoleak. Realizada nova abordagem como implante de endoprótese reta entre as próteses previamente implantadas com selamento de endoleak tipo 3. Paciente manteve-se estável e em condições de alta hospitalar com dupla antiagregação e estatina e proposta de após três meses manter clopidogrel e iniciar anticoagulação.
Conclusões
Conclusão: O AAA é condição grave e com alta mortalidade em caso de rotura, a incidência chega a 10% em aneurismas maiores de 5cm. Nos submetidos a tratamento endovascular deve se atentar para a presença de endoleak em caso de recorrência do quadro clínico de dor abdominal e/ou queda hematimetrica inexplicada, condição que deve ser abordada precocemente vista a elevada mortalidade.
Palavras Chave
aneurisma de aorta abdominal, endoleak, aneurisma, endovascular
Área
Trabalhos Científicos
Instituições
Hospital Mater Dei - Minas Gerais - Brasil
Autores
FERNANDA PADILHA RIBEIRO, LUISA GOBBI COLARES, AMANDA ALCÂNTARA CUNHA, FABRICIO MANOEL REZENDE DIAS, CAROLINE MÉSSEDER CARVALHO ABREU