Dados do Trabalho
Título
TROMBOLISE EM CATETER DE LONGA PERMANENCIA: RELATO DE CASO
Introdução
Os cateteres venosos centrais de longa permanência são usados como facilitadores no tratamento de câncer, tendo em vista proporcionar maior conforto e segurança para o paciente durante a realização da quimioterapia. A trombose é uma das principais complicações relacionadas e muita das vezes culmina em procedimento invasivo para troca do cateter. Neste contexto, a realização de trombólise é pouco utilizada e conhecida pelos médicos, contudo merece destaque, considerando a facilidade do procedimento, o baixo risco e a rapidez.
Objetivos
Descrever um caso de trombólise em cateter central de longa permanência realizada com Alteplase , com a finalidade de difundir o procedimento no âmbito médico e evitar a necessidade de troca invasiva do dispositivo.
Descrição do caso
Mulher, 44 anos, casada, G1P1A0, em tratamento quimioterápico (segunda linha paliativa) para câncer gástrico metastático. Compareceu ao serviço hospitalar no dia 08/04/2022 devido a trombose de cateter de longa permanência detectada em tomografia computadorizada de tórax realizada para controle de doença. No exame clínico, demonstrou estar debilitada, apresentava ascite importante, derrame pleural de origem neoplásica recidivante, dispneia, hiporexia, náuseas e vômitos frequentes. Diante do quadro e visando evitar troca de dispositivo para maior conforto, foi realizada trombólise em cateter com 2mg/2ml de Alteplase. O fármaco foi administrado e sua ação local se manteve por 120 minutos com subsequente aspiração, sem intercorrências. Posteriormente, o cateter foi testado, sendo evidenciado o retorno da funcionalidade do dispositivo. Enfim, foi solicitada angiotomografia de tórax confirmando o sucesso do procedimento.
Conclusões
A quimioterapia é um tratamento desgastante para o paciente e possui muitos efeitos colaterais, diante disto, buscando maior conforto e segurança são implantados cateteres de longa duração. Esses, por sua vez, podem complicar com trombose e o uso de Alteplase para desobstrução pode ser um procedimento muito mais simples e confortável se comparado a troca do dispositivo, tendo em vista a rapidez e segurança, já que a dose utilizada é mínima e a medicação não tem circulação sistêmica, ficando apenas restrita ao local de atuação.
Palavras Chave
Cateter de longa permanência; Trombólise; Alteplase; Quimioterapia
Área
Trabalhos Científicos
Autores
LETICIA RODRIGUES PENA TEMER, CAMILLA SALES DIAS SCHAZMANN, LEANDRO DE OLIVEIRA COSTA, MARINA PINTO ALMEIDA BARBOSA, JULIANA NUNES FIGUEIREDO