Dados do Trabalho

Título

YOGA: EVIDENCIAS DO METODO COMO ESTRATEGIA DE PROMOÇAO DE SAUDE, PREVENÇAO E TRATAMENTO COMPLEMENTAR EM AFECÇOES CLINICAS DE DIFICIL CONTROLE

Introdução

O yoga consiste em um conjunto de práticas psicofísicas, respiratórias e meditativas que cresce tanto em número de praticantes quanto em produção científica que visa sistematizar os seus benefícios. Os estudos demonstram resultados promissores desta abordagem terapêutica, em especial para seu sinergismo no manejo de afecções refratárias nos âmbitos reumatológicos, psiquiátricos, metabólicos e cardiovasculares.

Objetivos

Sistematizar os achados de maior relevância estatística na literatura sobre a prática de yoga e sua aplicabilidade coadjuvante em diversas afecções clínicas de difícil controle.

Delineamento e Métodos

Revisão sistemática nas bases de dados PubMed, Cochrane e UpToDate utilizando três descritores. Foram selecionados dez artigos datados entre 2015 e 2022.

Resultados

As evidências demonstraram que o yoga beneficiou pacientes com artrite reumatóide, visto que cursaram com redução da atividade da doença e seus marcadores inflamatórios, redução das crises álgicas e redução do tratamento farmacológico, tanto em posologia quanto em associação de fármacos. Não houve benefício da prática na redução da inflamação articular aguda ou em ganho de força distal dos membros. Pacientes com fibromialgia demonstraram melhora geral do bem estar e da somatização da dor. Além disso, transtornos psiquiátricos refratários e em manejo multidisciplinar, quando associados ao yoga, demonstraram maior redução de estresse, melhora do humor e do estado de atenção plena, mas não houveram estudos que demonstrassem a superioridade isolada do yoga ao se comparar com os métodos considerados primeira linha de tratamento. Outro promissor benefício é no risco cardiovascular, em que se observou redução da pressão arterial sistólica, de triglicerídeos e discreta redução nos níveis séricos de colesterol, além de algumas modalidades do yoga se equipararem a proteção cardiovascular dos exercícios físicos tradicionais. Os estudos também apontam o yoga como auxiliador no manejo da obesidade, ao influenciar no padrão de distribuição lipídica, na redução de episódios alimentares compulsivos e por discretos efeitos hipoglicemiantes – porém sem evidências de prevenção e auxílio no manjo de diabetes mellitus.

Conclusões

Embora a produção científica no yoga possua limitações metodológicas, os estudos de maior relevância estatística demonstram o potencial da prática em auxiliar simultaneamente o manejo de diversas condições clínicas. Portanto, esse método é passível de ser melhor estudado e indicado na prática clínica.

Palavras Chave

Yoga, Terapias Complementares, Promoção de Saúde