Congresso Paranaense de Biomedicina, I Congresso de Biomedicina Estética do Paraná, I Simpósio de Ciências Forenses e Laboratoriais, I Encontro das Mulheres Biomédicas

Dados do Trabalho


Título

DETERMINAÇÃO DAS CAUSAS QUE LEVAM A NÃO REALIZAÇÃO DE PRE-NATAL NO MUNICÍPIO DE SÃO BENTO DO SUL

Palavras-Chave

Resumo; Pré-natal; artigos científicos; congressos.

Fundamentação/Introdução

Introdução: O tratamento pré-natal tem como propósito acolher as gestantes desde o início da gravidez, garantindo o bem-estar tanto da mãe quanto do feto, além de permitir a detecção de possíveis anormalidades ou patologias em ambos. Pela falta de conhecimento ou acolhimento da gestante, muitas vezes acaba-se não realizando tal acompanhamento. Fatores socioeconômicos, como a baixa renda familiar e escolaridade e a, falta de suporte social podem contribuir para a não realização do acompanhamento pré-natal.

Objetivos

O objetivo deste estudo foi analisar os fatores que podem ser relacionados à ausência de acompanhamento de pré-natal em São Bento do Sul.

Delineamento e Métodos

Metodologia: foram selecionados dois grupos de análise, um grupo de estudo, composto de 266 mulheres que realizaram o pré-natal e um grupo controle, composto de 59 mulheres que não realizaram o acompanhamento durante a gestação, todas com idade entre 15 a 24 anos, totalizando uma análise de 325 mulheres. Os grupos, de estudo e controle, foram identificados por meio do Sistema Nacional de Informação sobre Nascidos Vivos. Fatores de seleção para a consulta forma: i) Município de São Bento do Sul-SC, ii) ano de 2017, iii) escolaridade materna, iv) idade materna, v) estado civil materno, vi) duração da gestação (considerados prematuros os nascimentos com duração da gestação < 37 semanas). Posteriormente, os grupos controle e de estudo foram comparados para as variáveis iii, iv, v, vi.

Resultados

Os resultados demonstraram que a variável escolaridade apresentou uma maior associação com o não acompanhamento pré-natal, especialmente quando as mães apresentaram 4 a 11 anos de estudo, sendo que 98,30% das mulheres não tem mais que 11 anos, em comparação com o grupo controle no qual apresentou 85,34% das mulheres nesta situação. Os demais fatores analisados não se mostraram distintos do grupo controle, o quais apresentaram as porcentagens de caso e controle respectivamente: v) soleira (47,46%/42,11%); casada (52,54%/57,52), vi) prematuridade sim (10,17%/8,27%) não (89,83%/91,73%).

Conclusões/Considerações finais

Concluímos que o fator de escolaridade deve ser considerado no planejamento de ações para a inclusão das mulheres no pré-natal, tanto pela gestão central quanto pelas equipes de saúde. É necessário ainda integrar as atividades entre programas locais para mulheres entre a faixa etária estudada para a busca constante das gestantes sem atendimento.

Área

Tema livre

Autores

LARA STOEBERL