Congresso Paranaense de Biomedicina, I Congresso de Biomedicina Estética do Paraná, I Simpósio de Ciências Forenses e Laboratoriais, I Encontro das Mulheres Biomédicas

Dados do Trabalho


Título

INFECÇAO POR LEISHMANIA (VIANNIA) BRAZILIENSIS PROMOVE ALTERAÇAO NA MORFOLOGIA DE CELULAS ABSORTIVAS PRESENTES NO COLON DE MESOCRICETUS AURATUS

Palavras-Chave

leishmaniose; sistema digestório; enterócitos.

Fundamentação/Introdução

A leishmaniose tegumentar constitui um problema de saúde pública em 98 países, sendo negligenciada em todo mundo. Sabe-se que algumas espécies de leishmaniose tegumentar podem atingir órgãos secundários à picada do vetor e dessa forma visceralizar, todavia não existem estudos desta infecção sobre o colón de hamsters.

Objetivos

Compreender os efeitos da infecção por Leishmania (Viannia) braziliensis na morfologia dos enterócitos presentes no cólon de hamsters (Mesocricetus auratus).

Delineamento e Métodos

O protocolo experimental foi aprovado pela Comissão de Ética no uso de Animais (parecer 7587260416). Foram utilizados hamsters, fêmeas com 90 dias de idade distribuídos aleatoriamente em 2 grupos (n=4), um grupo controle (GC) e um infectado (2903). O grupo 2903, recebeu 2x107 promastigotas do isolado de L. (V.) braziliensis, cepa MHOM/BR/1975/M2903, no dorso da pata posterior esquerda. Após 120 dias de infecção, os animais foram submetidos a eutanásia. O cólon foi coletado, fixado, emblocado e cortado em 4µm, posteriormente, os cortes foram desparafinizados e corados pela técnica de hematoxilina e eosina. Mensuramos a altura e largura de 80 enterócitos e seus respectivos núcleos por animal. Utilizamos o teste t (p<0,05), os resultados foram apresentados por média±erro padrão.

Resultados

Houve diferença significativa na altura de enterócitos (20.44 ± 0.37 µm); largura de enterócitos (6.22 ± 0.09 µm) e largura de seus núcleos (4.69 ± 0.11 µm) do grupo infectado, se comparados ao GC, altura de enterócitos (24.34 ± 1.45 µm); largura de enterócito (5.36 ± 0.20 µm) e largura de seus núcleos (3.77 ± 0.26 µm).

Conclusões/Considerações finais

A infecção por L. (V.) braziliensis com a cepa MHOM/BR/1975/M2903 causou alterações na altura e largura de enterócitos e na largura de seus núcleos no cólon de hamsters infectados por via subcutânea durante 120 dias. Os enterócitos são uma das células mais abundantes do intestino, atuando na proteção e absorção, alterações em sua morfologia podem acarretar disfunções intestinais.

Área

Tema livre

Autores

BRUNA CRISTINA PAGLIARINI, LAINY LEINY DE LIMA, AMANDA GUBERT ALVES DOS SANTOS , GESSILDA DE ALCÂNTARA NOGUEIRA MELO, DEBORA DE MELLO GONÇALES SANT'ANA