Congresso Paranaense de Biomedicina, I Congresso de Biomedicina Estética do Paraná, I Simpósio de Ciências Forenses e Laboratoriais, I Encontro das Mulheres Biomédicas

Dados do Trabalho


Título

PERCEPÇAO E ANALISE DAS PRATICAS DE AGRICULTORES EM RELAÇAO AO USO DE AGROTOXICOS NA REGIAO DE SANTA MARIA DE JETIBA – ES

Palavras-Chave

Agrotóxicos. Agricultores. Olericultura. Classe Toxicológica.

Fundamentação/Introdução

O Brasil, na ultima década, expandiu em 190% o mercado de agrotóxicos e se destaca como o maior consumidor mundial. Mas, sabe-se que dependendo da forma, tempo de exposição e do tipo de produto os agrotóxicos podem determinar efeitos sobre a saúde humana e ao meio ambiente.

Objetivos

Dessa forma, o objetivo do presente estudo é avaliar a percepção de risco e práticas no uso de agrotóxicos por agricultores da região de Santa Maria de Jetibá – ES.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo transversal que consistiu na aplicação de 14 entrevistas abertas com os sujeitos que aceitaram a participar. As questões levantadas buscaram abordar alguns aspectos como: a) tipo de cultura implementada; b) tipos de defensivos agrícolas mais usados; c) tempo de uso; d) frequência de uso; e) relatos sobre eventos de intoxicação experimentados pelos trabalhadores; f) se os trabalhadores já haviam pensado em abandonar o uso.

Resultados

Nesse contexto, município de Santa Maria de Jetibá localizado na região serrana do Estado Espírito Santo, é caracterizado como grande produtor de hortaliças do estado. Os resultados das entrevistas demonstraram que a olericultura representou a atividade presente em todas as propriedades. No total foram dez culturas diferentes, destacando-se as culturas de milho, cenoura, alho e alface. Em relação aos tipos de agrotóxicos, 50,00% das propriedades se destacam o uso Decis 25 EC, classificado na classe toxicológica I como extremamente tóxico. O mesmo é caracterizado por atingir principalmente o sistema nervoso devido a sua neurotoxicidade. Em seguida, temos o uso do Score e Glifosato, sendo que ambos usados 24,43% das propriedades e que são classificados respectivamente, nas classes toxicológicas II e IV. Sobre o tempo de uso, todos os entrevistados não sabiam quantificar, pois é usado desde gerações passadas. A frequência de uso se caracteriza, principalmente, por serem quinzenais e mensais, visto que ambas representam juntas 85,71% das frequências citadas. Já os relatos sobre eventos de intoxicação experimentados pelos trabalhadores, demonstraram que grandes partes dos trabalhadores não passaram por esses eventos e também não haviam pensado em abandonar o uso.

Conclusões/Considerações finais

Torna-se perceptível, através dos resultados disponíveis, que o uso de defensivos agrícolas está relacionado intimamente com a contaminação ambiental e humana. Por se tratar de uma situação resultante de vários fatores é fundamental a realização de intervenções efetivas.

Área

Tema livre

Instituições

ESFA - Escola Superior São Francisco de Assis - Espírito Santo - Brasil

Autores

AMANDA PERCILIA MAURICIO POMUCHENQ, JULIANA DE MELLO DO CARMO, RAYANNE SEIBEL LITTIG