Congresso Paranaense de Biomedicina, I Congresso de Biomedicina Estética do Paraná, I Simpósio de Ciências Forenses e Laboratoriais, I Encontro das Mulheres Biomédicas

Dados do Trabalho


Título

FREQUENCIA DE ALELOS IDENTICOS E HAPLOIDENTICOS EM MEMBROS DE UMA MESMA FAMILIA

Palavras-Chave

HLA, identico, haploidentico, transplante, medula, compatibilidade, doador.

Fundamentação/Introdução

O transplante de medula óssea (TMO) é uma opção conhecida de tratamento em casos de doenças que acometem as células sanguíneas e só é bem-sucedido quando feito sob o parâmetro do Complexo Principal de Histocompatibilidade. Tendo em mente que o gene HLA é um dos mais polimórficos conhecidos, concretiza-se a dificuldade na busca de doadores compatíveis para a realização de um TMO, assim, a procura começa pelos membros da mesma família e só depois se estende pelos bancos de dados.

Objetivos

Verificar a frequência de indivíduos HLA idêntico e haploidêntico e determinar o grau de parentesco que mais apresenta compatibilidade com o receptor.

Delineamento e Métodos

Foi realizado um estudo transversal e retrospectivo com dados de doadores familiares dos últimos 5 anos (2014-2018) provenientes do Laboratório de Imunogenética da Universidade Estadual de Maringá (LIG/UEM). Os dados extraídos (ano, sexo e idade do receptor, compatibilidade e grau de parentesco dos possíveis doadores) foram digitalizados no Microsoft® Office Excel. A análise dos dados foi realizada no software Epi Info™ e valor de p < 0,05 foi considerado estatisticamente significativo.

Resultados

Nos últimos 5 anos, o LIG/UEM atendeu 74 pacientes que necessitavam de transplante e realizou exames de histocompatibilidade em 211 possíveis doadores familiares. Foi obtida uma média de 2,8 doadores/receptor nesse período e 79,1% dos possíveis doadores eram irmãos dos receptores. Dentre os receptores, a maioria eram homens (68,9%) e se encontravam na faixa etária adulta (64,4%) na data de realização do exame. Ao correlacionarmos a compatibilidade e o grau de parentesco entre receptores e doadores, os dados demonstraram significância estatística. Observamos que 18% de nossos possíveis doadores apresentaram perfil HLA idêntico aos receptores e todos eram irmãos dos receptores. Enquanto os doadores com perfil haploidêntico representaram 60,7% do total de possíveis doadores e eram em sua maioria irmãos (71,1%), seguidos pelos pais (21,3%) e filhos (8,6%). Também é importante destacar que, dentre os prováveis doadores irmãos, 38 apresentaram um perfil de histocompatibilidade idêntico, 91 haploidêntico e 38 incompatível.

Conclusões/Considerações finais

O perfil de HLA mais frequente na população estudada foi haploidêntico e observamos uma correlação entre o grau de parentesco e compatibilidade, sendo que irmãos possuem mais chances de serem HLA compatíveis com o receptor do que os demais familiares.

Área

Tema livre

Autores

MARIA GABRIELA ROBLES DE OLIVEIRA, FERNANDA PELISSON MASSI, LARISSA DANIELLE BAHLS, JEANE ELIETE LAGUILA VISENTAINER, AMANDA GUBERT ALVES DOS SANTOS