Dados do Trabalho

Título

ANALISE COMPARATIVA ENTRE OS PRIMEIROS SEMESTRES DE 2018 E 2019 FRENTE AOS BAIRROS TRABALHADOS E FOCOS DE AEDES AEGYPTI EM NOVO HAMBURGO – RIO GRANDE DO SUL, RS.

Palavras-Chave

dengue, focos, Aedes aegypti

Fundamentação/Introdução

Eleita pela Organização Mundial de Saúde como uma das dez ameaças para a saúde humana nos próximos 5 anos, a dengue vem apresentando crescente ocorrência no Brasil, havendo necessidade de vigilância e controle de vetores, além de conscientização e engajamento da população contra o Aedes aegypti, vetor da doença. Para tal, no município de Novo Hamburgo, RS, desde 2008 a Universidade Feevale, em parceria com a Prefeitura Municipal, conduz o Convênio de Combate e Prevenção à Dengue, com ações que abrangem tanto visitas domiciliares e de pontos estratégicos para eliminação e tratamento de depósitos com água acumulada a fim de evitar possíveis focos e registrar índices de infestação, além de orientar os munícipes quanto à prevenção da proliferação dos insetos. Ao final de cada mês/semanas epidemiológicas, é gerado um relatório da quantidade de bairros/imóveis trabalhados, focos do vetor e tipos de vetores encontrados.

Objetivos

Este trabalho visa analisar comparativamente os dados relacionando a quantidade de bairros, imóveis e focos encontrados, a fim de conhecer a realidade do município frente à ocorrência do mosquito nestes períodos.

Delineamento e Métodos

Será conduzido um estudo observacional descritivo dos dados obtidos nos primeiros semestres de 2018 e 2019.

Resultados

A média de bairros trabalhados entre janeiro a junho de 2019 foi de 56, enquanto que no mesmo período de 2018, trabalhou-se 25 bairros. Todavia, o índice de imóveis vistoriados aumentou em 62%. Quanto aos focos de mosquitos encontrados, a média de imóveis em 2018 foi de 191 (3,9%), enquanto que em 2019, foi de 749 (9,5%) imóveis.

Conclusões/Considerações finais

Apesar de se ter trabalhado um menor número de bairros em 2019, o número de focos encontrados apresentou um acréscimo de 191 para 749 imóveis. Tal resultado pode sugerir que, além do aumento da proliferação dos vetores, existam bairros críticos no município, concentrando um grande número de focos, Possivelmente, tais bairros apresentem regiões desfavorecidas economicamente, com pouca estrutura habitacional, sanitária e de coleta de lixo, além de apresentarem grande número de pontos estratégicos (aqueles com maior probabilidade de depósitos de água parada, como floriculturas, borracharias, lixões, etc). Tais resultados reforçam a importância de analisar os dados de cada bairro, determinando pontos em que se precisa intensificar os trabalhos para maior controle do mosquito.