Congresso Paranaense de Biomedicina, I Congresso de Biomedicina Estética do Paraná, I Simpósio de Ciências Forenses e Laboratoriais, I Encontro das Mulheres Biomédicas

Dados do Trabalho


Título

FEOCROMOCITOMA RELATO DE CASO

Palavras-Chave

Feocromocitoma
Catecolaminas
Pressão arterial

Fundamentação/Introdução

Os feocromocitomas são tumores das células cromafins da medula adrenal que produzem, armazenam, metabolizam e secretam catecolaminas. Devido à secreção aumentada o paciente pode apresentar vários sintomas, porém a elevação da pressão arterial é a manifestação mais comum.

Objetivos

Relatar o caso de um paciente do sexo masculino, diagnosticado com Feocromocitoma durante a investigação do quadro de crises hipertensivas com auxilio de exames laboratoriais.

Descrição do caso

Paciente M.H, 47 anos, masculino, branco, natural de Corupá, Santa Catarina, com histórico de internações anteriores a 2004 por crise hipertensiva, sem diagnóstico conclusivo. O histórico familiar confirma hipertensão arterial sistêmica, a mãe falecida apresentava quadro de hipertensão e a radiografia de abdome evidenciou nódulo hipodenso localizado em cima dos rins, que não foi investigado. Um dos irmãos retrata distúrbios da tireoide, que após rastreamento genético familiar confirmou-se o diagnóstico de Carcinoma Medular de Tireoide. Em 2004 o paciente M.H. é encaminhado ao serviço de urgência com crise hipertensiva, taquicardia, palidez e cefaleia intensa. No exame clínico, os níveis de pressão arterial eram de 300x180 mmHg e a frequência cardíaca variava de 94 a 120 batimentos por minuto. Foi internado na unidade de terapia intensiva para investigação. Foram solicitados exames de imagem e laboratoriais: hemograma, glicose, colesterol total e frações, uréia, creatinina, sódio, potássio, desidrogenase láctica, bilirrubinas total e frações, exame do líquido cefalorraquidiano, alanina aminotransferase, aspartato aminotransferase, fosfatase alcalina, hepatites A, B e C, aldosterona, clearence de creatinina, proteinúria e renina que permaneceram dentro dos valores de referência. Os testes a seguir mostraram-se elevados: hemossedimentação (25 mm), proteína C reativa quantitativa (98,4), catecolaminas plasmáticas (840,0 pg/ml), epinefrina (2000,0 pg/ml), norepinefrina (10,0 pg/ml), metanefrinas urinárias (450 μl/24h, normetanefrina (580 μl/24h) e ácido vanil mandélico (6,82 mg/24h). Na ressonância magnética, foram encontrados nódulos nas glândulas suprarrenais, evidenciando neoplasias compatíveis com feocromocitoma. O exame genético identificou a mutação Cys634Arg no gene RET, também encontrada no irmão e na filha do paciente. M.H. foi encaminhado para tratamento cirúrgico.

Conclusões/Considerações finais

Os exames bioquímicos e de imagem foram de relevância significativa e indispensáveis para o diagnóstico de feocromocitoma.

Área

Relato de Caso

Instituições

Sociedade Educacional de Santa Catarina - Santa Catarina - Brasil

Autores

MAGDA HELENA S HEITICH FERRAZZA, RÚBIA GRAZIELA RAMOS PEDRELLI , JAQUELINE ANTUNES DE RAMOS, GABRIELA BORGMANN, KATHERINE PLAUTZ