Dados do Trabalho
Título
REPERCUSSOES DERMATOLOGICAS ASSOCIADAS A COVID-19 NO BRASIL
Fundamentação/Introdução
A COVID-19 apresenta-se como uma síndrome respiratória aguda grave, podendo levar a alterações teciduais, incluindo-se manifestações dermatológicas. Estima-se que cerca de 20% dos pacientes diagnosticados, possuem esses tipos de lesões, destes, 45% ainda em estágios iniciais. Estudos no Brasil indicam que a observação dessa sintomatologia pode auxiliar no diagnóstico precoce da doença.
Objetivos
Descrever as implicações dermatológicas mais frequentes da infecção por SARS-CoV-2 no cenário brasileiro, a fim de detectar possíveis padrões de manifestação clínica.
Delineamento e Métodos
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica na base de dados PubMed, com os descritores ‘’COVID-19’’, “cutaneous manifestations” e “Brazil”. Foram selecionados 6 artigos, publicados entre 2020/2021, que contemplavam o tema e que estavam relacionados ao objetivo do estudo.
Resultados
As principais manifestações cutâneas observadas em brasileiros positivados para COVID-19 incluem lesões maculopapulares, papulovesiculares (prevalentes < 30 anos), eritematosas e urticariformes. Em acréscimo, cerca de um terço dos infectados apresentou pelo menos um desses sinais dermatológicos. No couro cabeludo, associação causal da COVID-19 com eflúvio telógeno pós infeccioso foi relatada. Todavia, não houve evidências suficientes que justifiquem a reação do SARS-CoV-2 no folículo piloso. Ademais, relata-se caso acompanhado de exantema flexural e intertriginoso simétrico relacionado à droga (SDRIFE), manifestando-se com pápulas eritematosas. Entretanto, uso das drogas usuais desencadeadoras dessa síndrome não foi descrita e não houve resultado positivo no histopatológico. Manifestações de acro-isquemia são mais prevalentes em oligossintomáticos, e formações do tipo necrótica e equimótica, em casos avançados, sem relação aparente com a carga viral apresentada. Há ainda, relatos de achados específicos como prurido e disestesia palmoplantar. O primeiro pode estar associado também a desordens preexistentes ou acentuados pelo uso de equipamentos de proteção individual. O segundo, que não vem acompanhado de vermelhidão ou inchaço, difere de outros vírus já relatados.
Conclusões/Considerações finais
Correlação entre a COVID-19 e afecções cutâneas têm sido descrita. Contudo, nenhum padrão específico foi definido. Assim, novos estudos e relatos de casos que possam associar e estabelecer critérios e parâmetros definidores dessas lesões, são necessários visando sua identificação, manejo clínico e comportamento social do paciente.
Palavras-chave
COVID-19; Manifestações cutâneas; Dermatologia; Brasil; Diagnóstico precoce.
Área
Dermatologia
Categoria
Revisões Sistemáticas
Instituições
Universidade Federal da Paraíba - Paraíba - Brasil
Autores
ANA BEATRIZ TORRES FIGUEIREDO DE LACERDA, José Lucas Formiga Dantas, Fabiana Maia Gonçalves, Júlia Albuquerque Luna, Glaucielle Ramalho Uchoa, Joelma Rodrigues de Souza