Congresso Norte-Nordeste de Clínica Médica e Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

PERFIL DAS HOSPITALIZAÇOES POR EMBOLIA PULMONAR NO BRASIL E REGIOES ENTRE 2010 E 2020

Fundamentação/Introdução

INTRODUÇÃO/FUNDAMENTOS: A embolia pulmonar (EP) destaca-se como uma importante questão de saúde, tendo a terceira maior ocorrência dentre as doenças cardiovasculares agudas. Logo, a produção de estudos epidemiológicos sobre internações, mortalidade e estratificação do perfil dos pacientes configura-se como uma ferramenta para elaboração de políticas de saúde pública.

Objetivos

OBJETIVOS: Descrever a epidemiologia das hospitalizações por EP no Brasil e regiões no Sistema Único de Saúde (SUS), entre 2010 e 2020.

Delineamento e Métodos

DELINEAMENTO/MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa sobre hospitalizações por embolia pulmonar baseado em dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), fornecidos pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), estabelecendo como variáveis: internações, taxa de mortalidade, sexo, faixa etária e média de permanência.

Resultados

RESULTADOS: Entre 2010 e 2020, ocorreram 81.506 internações por EP no Brasil. O Sudeste foi responsável pelo maior percentual de hospitalizações (55,38%) e o Norte (N) pelo menor (1,67%). Entretanto, o Nordeste (NE) foi a região com maior taxa de mortalidade (24,83), seguido do N (22), enquanto o Sul (S) (16,78), que apresentou uma taxa 32,42% menor que o NE, foi responsável pela menor taxa de mortalidade entre as regiões. Neste período, ocorreu um aumento de 87,68% das internações por EP no país, sendo 2019 o ano com o maior número de hospitalizações. O NE apresentou o maior aumento (167,71%) e o N o menor (53,92%). Pessoas do sexo feminino representaram 61,42% das hospitalizações e pessoas do sexo masculino 38,58%. Em relação à faixa etária, 51,37% dos internados tinham mais de 60 anos e os menores de 20 anos foram responsáveis por 1,51% das internações. A média de permanência no país foi de 9,5 dias, sendo o NE a região com maior média (10,2) e o S com a menor (8,0).

Conclusões/Considerações finais

CONCLUSÕES/CONSIDERAÇÕES FINAIS: A alta dos internamentos pode estar relacionada ao crescimento da prevalência dos fatores de risco para trombose venosa profunda e à melhoria diagnóstica. Os fatores de risco são mais presentes no sexo masculino, mas a maior internação de mulheres no Brasil pode ser atribuída à tendência deste grupo em procurar mais os serviços de saúde. O baixo número de internações no N pode ser reflexo da escassez de leitos hospitalares. O tempo de internamento maior que uma semana é um problema que exige mais atenção durante a pandemia da Covid-19, devido à superlotação dos hospitais.

Palavras-chave

Palavras-chaves: embolia pulmonar; internação; mortalidade.

Área

Pneumologia

Instituições

Universidade Federal da Bahia (UFBA) - Bahia - Brasil

Autores

GESSICA BARBOSA DA SILVA E SILVA, RONNEY ARGOLO FERREIRA, LUCAS SANTANA BAHIENSE FILHO, LANNA DIÚLIA DA SILVA BARBOSA, PEDRO RESENDE FERREIRA RENDE, NILSE QUERINO