Dados do Trabalho
Título
HOSPITALIZAÇOES PARA TRANSPLANTE DE RIM NO SISTEMA UNICO DE SAUDE ENTRE 2010 E 2020
Fundamentação/Introdução
INTRODUÇÃO/FUNDAMENTOS: O transplante renal corresponde a um procedimento cirúrgico utilizado como opção terapêutica em casos de perda irreversível da função renal, configurando-se como um tipo de terapia renal substitutiva. No Brasil, a Lei número 9.434, de fevereiro de 1997 regulamenta o transplante de órgãos no país. Apesar de ser o segundo país que mais realiza transplantes renais no mundo, a necessidade por esse tipo de tratamento é superior ao número de doações recebidas.
Objetivos
OBJETIVOS: Avaliar a epidemiologia das internações para transplante de rim no Brasil entre 2010 e 2020.
Delineamento e Métodos
DELINEAMENTO/MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, de abordagem quantitativa, com base em dados de internações para transplante de rim disponibilizado pelo Sistema de Informações Hospitalares (SIH), através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), considerando as seguintes variáveis: internações, valor médio e média de permanência.
Resultados
RESULTADOS: Ocorreram 52.253 internações para realização de transplante de rim no Brasil entre 2010 e 2020. As hospitalizações para transplante com órgão de doador falecido foram significativamente maiores (41.157) que as internações para transplante com órgão de doador vivo (11.096). A região Sudeste foi responsável pelo maior percentual de internações (53,15%) e Norte foi responsável pelo menor (1,65%). Entre 2019 e 2020, ocorreu uma redução de 23,31% das internações para o procedimento no país, essa tendência foi observada em todas as regiões, sendo o Norte com maior redução (81,08%) - seguido do Nordeste (33,20%) - e o Centro-Oeste com menor redução (11,53%). Nesse período, as hospitalizações para transplante de rim com órgão de doador falecido apresentaram redução de 16,26% e as com órgão de doador vivo 61,26%. Entre 2010 e 2020, o valor médio por hospitalização foi maior no Sul (R$ 39.841,00) e o menor no Norte (R$ 27.150,07). Em relação à média de permanência, o Sudeste apresentou a menor média (11,5 dias), enquanto o Centro-Oeste apresentou a maior (14,5 dias).
Conclusões/Considerações finais
CONCLUSÕES/CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A redução do procedimento em todo país, entre 2019 e 2020, pode estar relacionada à pandemia causada pelo Covid-19, deflagrada ao final de 2019, que gerou impacto universal na rotina dos transplantes. O valor médio de internamento distinto demonstra os diferenciais intrarregionais, enquanto a diferença do tempo de internação médio entre os estados atesta diferenças operacionais entre eles.
Palavras-chave
Palavras-chaves: nefrologia; transplante de rim; hospitalizações.
Área
Nefrologia
Categoria
Estudos Originais
Instituições
Universidade Federal da Bahia - Bahia - Brasil
Autores
GESSICA BARBOSA DA SILVA E SILVA, PEDRO RESENDE FERREIRA RENDE, LANNA DIÚLLIA DA SILVA BARBOSA, LUCAS SANTANA BAHIENSE FILHO, RONNEY ARGOLO FERREIRA, NILSE QUERINO