Congresso Norte-Nordeste de Clínica Médica e Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

COARCTAÇAO DE AORTA EM ADULTO ASSOCIADA A DISFUNÇAO SISTOLICA SEVERA DE VENTRICULO ESQUERDO

Fundamentação/Introdução

A coarctação de aorta (CoAo) é uma enfermidade esporádica e responsável por 5 a 8% de todos os defeitos cardíacos congênitos, com uma prevalência estimada de cerca 3 por 10.000 nascidos vivos principalmente do sexo masculino, frequentemente encontrados em conjunto a outras anomalias congênitas, como valva aorta bicúspide com estenose e / ou insuficiência e dilatação aneurismática da raiz da aorta.

Objetivos

Relatar um caso de CoAo em adulto associada à valva aórtica bicúspide com disfunção sistólica de ventrículo esquerdo.

Delineamento e Métodos

homem 24 anos, agricultor, procurou ambulatório de cardiologia referindo dispneia aos pequenos esforços de início progressivo há seis meses, associado a palpitações e dor abdominal sem outros sintomas. O exame físico observou-se pulsos amplos nos membros superiores e ausentes nos membros inferiores, pressão arterial semelhantes em membros superiores (180/90 mmHg) e inaudíveis em membros inferiores (MMII), FC 98 bpm, presença em foco aórtico de sopro diastólico +++/6+ e sopro sistólico ++/6+ em região dorsal Interescapular, fígado palpável a 3 cm do rebordo costal direito, doloroso. Edema discreto em MMII e, pulsos não palpáveis a partir de femorais. Eletrocardiograma apresentando bloqueio divisional anterossuperior, bloqueio de ramo direito e sobrecarga de ventrículo esquerdo. Ecocardiograma demonstrou CoAo severa de aórtica torácica descendente, valva aórtica bicúspide, insuficiência aórtica severa, insuficiência mitral moderada e comprometimento de grau severo da função contrátil do ventrículo esquerdo.

Resultados

Angiotomografia mostrou estreitamento seguido de dilatação fusiforme da aorta torácica após a origem da artéria subclávia esquerda. Paciente foi medicado com clortalidona, lisinopril, bisoprolol e anlodipino. Sendo encaminhada para tratamento percutâneo eletivo.

Conclusões/Considerações finais

Pacientes com CoA severa normalmente apresentam sinais e sintomas nos primeiros anos de vida, sendo particularmente raro os sintomas tornarem-se evidentes apenas na idade adulta. A disfunção sistólica do ventrículo esquerdo observada neste caso é resultado do estresse imposto as paredes do VE pelo aumento da pós-carga com expectativa de melhora após o tratamento invasivo.

Palavras-chave

Coarctação aórtica; Aorta; Cardiopatias Congênitas; Adulto

Área

Cardiologia

Instituições

UNICAR, Arapiraca - Alagoas - Brasil, Universidade Federal de Alagoas - Alagoas - Brasil

Autores

TAMARLY CAROLINE CAVALCANTE GONCALVES, Marcel Arthur Cavalcante Goncalves, Benício Oliveira Romão, Maria Alayde M. SIlva, Ivan Romero Rivera, José Maria Goncalves Fernandes