Dados do Trabalho
Título
PANORAMA DO CANCER DE MAMA EM IDOSAS NO BRASIL ENTRE 2008 E 2018
Fundamentação/Introdução
A longevidade no Brasil tem aumentado. O IBGE estima, para 2020, que aproximadamente 15,6% da população feminina brasileira possua idade superior a 60 anos, portanto, considerada idosa pela ONU. Por outro lado, o risco do câncer de mama aumenta com a idade. Nesse cenário, destaca-se o câncer de mama como um dos focos de políticas de amparo à saúde da mulher idosa.
Objetivos
Analisar rastreamento, diagnóstico, estadiamento, tratamento e mortalidade do câncer de mama em mulheres acima dos 60 anos no Brasil.
Delineamento e Métodos
Estudo quantitativo a partir da pesquisa em banco de dados de domínio público: Siscam/Siscan, DATASUS e Atlas de Mortalidade do Câncer. Foram utilizados como parâmetros para a pesquisa: mulheres com faixa etária acima de 60 anos, no período de 2008-2018.
Resultados
No rastreamento, evidenciou-se número crescente de exames por ano, no período de 2009-2018. Mulheres, entre 60 e 64 anos, realizaram mais exames de rastreamento (48,8%). No diagnóstico, houve aumento no período supracitado e mulheres acima de 70 anos apresentaram o maior índice: média de 1380,4 diagnósticos por ano. O estadiamento mostrou tendência linear, de 2013 a 2018. O estadio II foi o mais frequente, correspondendo a 32%. Observou-se redução do número de casos com o aumento da idade para cada estadiamento, contudo, acima dos 80 anos nos estadios III e IV esse padrão não foi obedecido. No tratamento, a quimioterapia foi indicada em mais de 50% dos casos, independentemente do estadiamento, chegando a 90% no estadio IV. Verificou-se o crescimento da mortalidade, com destaque para 2010 com aumento de 8,65% em relação à 2009. Entre 1998 e 2008 ocorreram 50.746 óbitos, comparado com a década em análise (2008-2018) teve aumento de 61,29%.
Conclusões/Considerações finais
Mulheres entre 60 e 64 anos realizam mais rastreamento, enquanto que as mulheres com idade superior de 70 anos foram mais diagnosticadas. O estadio II foi o mais recorrente na população idosa, porém naquelas acima de 80 anos foi o estadio III, caracterizando doença localmente avançada. A análise dos dados indica a necessidade do fortalecimento de políticas públicas voltadas para rastreio e diagnóstico precoce do câncer de mama no grupo estudado.
Palavras-chave
Câncer de mama; população idosa; mulheres; diagnóstico; mortalidade.
Área
Oncologia
Categoria
Estudos Originais
Instituições
Universidade Federal da Paraíba - Paraíba - Brasil
Autores
ANA KAROLINA BENTO DA SILVA, LUÍS EDUARDO DE MOURA BARBOSA, MARIA ISABEL DA SILVA, ADRIANA DE FREITAS TORRES