Dados do Trabalho
Título
NEOPLASIA MALIGNA DE FIGADO: MORTALIDADE E PERFIL DAS HOSPITALIZAÇOES NA REGIAO NORTE DO BRASIL NO PERIODO DE 2010 A 2019
Fundamentação/Introdução
A Neoplasia Maligna de Fígado (NMF) é a sétima mais incidente e representa uma das maiores causas de morte por câncer no mundo. Sendo assim, é crucial compreender a epidemiologia dessa doença, sobretudo no que diz respeito às tendências temporais da mortalidade e da carga que essa doença apresentará no futuro.
Objetivos
Analisar o quadro epidemiológico da neoplasia maligna de fígado na região norte do Brasil e enfatizar o comportamento da taxa de mortalidade na região nos últimos 10 anos.
Delineamento e Métodos
Estudo transversal epidemiológico de caráter descritivo realizado mediante coleta de dados virtuais registrados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2019. As variáveis pesquisadas foram número de internações por ano de atendimento, sexo, faixa etária, óbitos e taxa de mortalidade.
Resultados
Foram notificadas 3.110 hospitalizações por NMF na região norte. O ano de 2010 registrou o menor número de internações (263) e 2019 o maior (397), o que representa um aumento de 50%. O Pará registrou o maior número de internações, 859 (27,62%), e o Amapá o menor, 176 (5,65%). Houve uma maior incidência entre o sexo masculino (57%) e entre indivíduos pardos (58%). A faixa etária mais acometida foi a dos 60-69 anos, com 26% do total de internações. A faixa etária de 1-4 anos apontou um número significativo de notificações entre crianças e adolescentes, 90 casos. A região registrou 909 óbitos, tendo um aumento de 55,4% comparando-se os anos de 2010 e 2019. A região norte foi a que teve a maior taxa média de mortalidade no Brasil (29,23). O Pará registrou o maior número de óbitos, 301 (33,11%) e a maior taxa de mortalidade, 35,04. O estado de Rondônia apresentou o maior aumento na taxa de mortalidade, passando de 25,00 em 2010 para 48,15 em 2019.
Conclusões/Considerações finais
As hospitalizações desenham uma linha crescente e ocorreram principalmente por parte de homens, pardos e da faixa etária entre os 60-69 anos. A região norte apresentou a maior taxa média de mortalidade por neoplasia de fígado no Brasil no período estudado. O Pará foi o estado que apresentou os maiores números de internações e óbitos, e Rondônia registou o maior crescimento na taxa mortalidade no período estudado. Assim, tendo em vista o crescimento do número de casos e da taxa de mortalidade, ações de prevenção e promoção de saúde devem ser direcionadas para amenizar o impacto dessa neoplasia na região.
Palavras-chave
Neoplasia de Fígado; Perfil Epidemiológico; Hospitalizações; Oncologia.
Área
Oncologia
Categoria
Estudos Originais
Instituições
Universidade Federal de Rondônia - Rondônia - Brasil
Autores
HILDEMAN DIAS DA COSTA, ILÁRIA SALES VIANA OLIVEIRA, CARLOS FRANCISCO BORGES REIS, LUIZ FELIPE FAÇANHA RAMOS