Dados do Trabalho
Título
NEUROTOXOPLASMOSE EM PACIENTE COM HIV/AIDS: RELATO DE CASO
Fundamentação/Introdução
A neurotoxoplasmose é considerada a causa mais comum de lesão em massa em indivíduos HIV positivo, sendo ocasionada pelo Toxoplasma gondii, um protozoário intracelular obrigatório. A infecção, na maioria das vezes, é assintomática, mas pode apresentar sinais e sintomas como febre e linfadenite que podem vir acompanhadas de cefaleia e déficit motor. Dessa forma, seu diagnóstico é presuntivo, fundamentado nos achados de tomografia computadorizada (TM) ou de ressonância magnética (RM).
Objetivos
O presente trabalho tem como objetivo relatar o tratamento da neurotoxoplasmose em um homem acometido pela AIDS e seu respectivo efeito na promoção a saúde.
Delineamento e Métodos
L.B.C, masculino, 40 anos, HIV positivo há 2 anos, em uso regular (sic) de Terapia Antirretroviral (TARV) TDF + 3TC + EFV, é admitido em hospital de referência em infectologia, com queixa de paresia progressiva em MIE há 10 dias, dificuldade à deambulação e astenia. Ao exame físico neurológico: força 5/5 em MMSS, 5/5 em MID e 4/5 em MIE. O tônus e a sensibilidade se encontravam preservados. O seu diagnóstico de admissão foi Síndrome da Imunodeficiencia Adquirida + Neurotoxoplasmose. Ele ficou internado por 17 dias e evoluiu bem com a introdução de Sulfametoxazol + Trimetropim, progredindo com melhora de força e de marcha, inicialmente ceifante, evoluindo para atípica após administração de Dexametasona, em virtude do edema perilesional evidenciado em exame de imagem de crânio. Ao tratamento, foi adicionado Azitromicina profilática (1g) devido ao CD4 dosado na internação. Além disso, o esquema retroviral do paciente teve de ser alterado para Biovir + Efavirenz (EFV) por ter sido notada uma elevação de Cr e Ur com o esquema de TARV da admissão. Após isso, houve normalização dos valores. As condições de alta foram: paciente assintomático em uso de TARV (Biovir + EFV), aguardando genotipagem, força 5/5 em MMSS e MMII e marcha atípica. Quanto às recomendações, em razão da confirmação do diagnóstico de neurotoxoplasmose após exame de TC de crânio, paciente foi orientado a continuar tratamento com Sulfametoxazol e Trimetoprim por mais 21 dias.
Resultados
Obteve-se um bom resultado com o tratamento que não era o padrão-ouro.
Conclusões/Considerações finais
Trata-se de um caso típico de neurotoxoplasmose, no qual foi instituído um manejo terapêutico alternativo: a associação entre Sulfametoxazol e Trimetoprim. Apesar de não ser considerada a primeira alternativa para o tratamento de tal doença, essa combinação mostrou-se eficaz.
Palavras-chave
AIDS, Neurotoxoplasmose, Tratamento, Infectologia.
Área
Infectologia
Instituições
Universidade Potiguar - Rio Grande do Norte - Brasil
Autores
MARIANY COSTA, TASIA DE ALBUQUERQUE FALCÃO FEITOSA, ANDRÉ MARQUES PAULINO DE ARAÚJO, ANA CLARA ROCHA MARQUES, LETÍCIA OLIVEIRA SOUSA, NATÁLIA QUEIROZ DE BARROS