Dados do Trabalho
Título
MIGRAÇAO DE DISPOSITIVO DIU PARA A BEXIGA: RELATO DE CASO
Fundamentação/Introdução
INTRODUÇÃO: O dispositivo intrauterino (DIU) vem se tornando cada vez mais comum, visto que em 2017 o Ministério da Saúde passou a disponibilizar o acesso a mulheres, seguindo os critérios de necessidade. Além disso, o DIU é bastante, acessível e seguro, tendo poucas e incomuns complicações, como a perfuração do útero que varia de 0,5 a 6,6 a cada 1000 implantações.
Objetivos
OBJETIVO: Relatar um caso de migração do dispositivo DIU.
Delineamento e Métodos
RELATO DE CASO: Paciente, sexo feminino, 28 anos, queixando-se de disúria, hematúria, juntamente acompanhado de dor nos quadrantes inferiores do abdome há quatro anos. Antecedente de infecção do trato urinário recorrente (inclusive durante suas gestações em 2016 e 2018).
Resultados
Relatou implantação de DIU em 2013, apresentando posteriormente sangramento vaginal, dor pélvica aguda e hematúria. Foi internada na enfermaria de urologia, onde foi submetida a uma nova tomografia computadorizada, com cateterização vesical seguida de cistografia, na qual foi identificado translocação e inserção do DIU no interior da bexiga. Após o diagnóstico, foi submetida à cirurgia endoscópica com litotripsia e retirada do DIU por cistoscopia. 30 dias após a cirurgia, a paciente evoluiu com melhora dos sintomas.
Conclusões/Considerações finais
CONCLUSÃO: O DIU pode ter duração de até 10 anos, embora sua retirada possa ocorrer a qualquer momento. O mecanismo de ação dele é a produção de prostaglandinas que geram respostas inflamatórias espermicidas. Associado a isso ocorre alteração na mobilidade dos espermatozoides, impossibilitando o trajeto até o trato genital superior. No entanto, após tornar-se uma prática comum, a incidência dos riscos aumentaram, tais como a perfuração da parede do útero pelo DIU ou por instrumentos utilizados na implantação, acometendo em até 15% as vísceras pélvicas e abdominais adjacentes. Faz-se a Identificação do local de migração do DIU de acordo com os sintomas clínicos da paciente quando o dispositivo migra para bexiga tende a apresentar deposição de sais de cálcio e concomitantemente sintomas irritativos do trato urinário que podem simular infecções da bexiga, tais como urgência, dor , polaciúria e hematúria. No caso relatado, o problema foi seriamente agravado pela falha do método anticoncepcional que acarretou em duas gestações após a implantação do dispositivo. A retirada soluciona de imediato o problema e poucas sequelas em longo prazo são relatadas.
Palavras-chave
Palavras-chave: DIU; bexiga; complicações.
Área
Nefrologia
Instituições
Faculdade de Medicina Nova Esperança - Paraíba - Brasil
Autores
ELEONORA DE ABRANTES BARRETO, AMANDA LAYSLA RODRIGUES RAMALHO, ANA LUIZA SOUZA MATOS , BRENDA HELEN ALBUQUERQUE DE ARAÚJO, Luana Ferreira Leite ARAÚJO, Raquel Xavier Rodrigues