Congresso Norte-Nordeste de Clínica Médica e Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

REPERCUSSOES DA FEBRE REUMATICA NO DESENVOLVIMENTO INFANTO-JUVENIL: UMA REVISAO DE LITERATURA

Fundamentação/Introdução

A Febre Reumática (FR) é uma complicação inflamatória não-supurativa decorrente da faringoamigdalite por infecção por estreptococo beta-hemolítico do grupo A de Lancefield (EBGHA) ou Streptococcus pyogenes, com maior incidência no público pediátrico. É uma doença autoimune, caracterizada pelo acometimento de articulações, coração, sistema nervoso central e pele, resultante de uma resposta imunológica tardia à esta infecção em populações geneticamente predispostas. No início da vida, essas manifestações podem, muitas vezes, ser incapacitantes, elevando o custo socioeconômico e sendo um problema de saúde pública em países em desenvolvimento.

Objetivos

Revisar o impacto da FR no desenvolvimento infanto-juvenil e ressaltar a relevância do diagnóstico e plano terapêutico efetivo, a fim de promover qualidade de vida e reduzir as sequelas na faixa etária adulta.

Delineamento e Métodos

Análise sistemática sobre FR, infecção estreptocócica, desenvolvimento e crescimento infantil nas plataformas Scielo, Medline, LILACS, Cochrane e PubMed, bem como publicações do Jornal de pediatria. Utilizou-se o critério de inclusão artigos publicados entre 2006 e 2019.

Resultados

Estudos evidenciam que as sequelas e/ou condições crônicas decorrentes da faringoamigdalite estreptocócica compreendem uma variedade de manifestações, por vezes inespecíficas, dificultando o diagnóstico de FR. Segundo os “Critérios de Jones”, categorizados em “Maiores” e “Menores”, sendo os “Maiores” indícios mais significativos de FR e suas sequelas são: Artrite (presente em 75% dos casos) ou artrite reativa pós-estreptocócica, cardite (ocorrendo entre 40-70% dos casos após o primeiro surto) sendo a manifestação mais grave pois pode deixar sequelas e acarretar o óbito, Coréia de Sydenham (predominante no sexo feminino), a qual atinge de 5-36% dos indivíduos até 7 meses após a infecção, Eritema marginatum (ocorre em menos de 3% dos pacientes) e nódulos subcutâneos, presentes em 2-5% dos pacientes. Como critérios “Menores” temos: Artralgia, febre, intervalo PR e reagentes de segunda fase.

Conclusões/Considerações finais

A ocorrência de uma doença crônica nessa faixa etária pode determinar o surgimento de alterações e/ou limitações físicas, impostas pela mesma ou por efeitos colaterais da terapêutica. Há também a possibilidade de alterações no crescimento e desenvolvimento infantil. É importante discutir as complicações da FR, pois as estratégias adotadas e o tratamento precoce da faringoamigdalite podem prevenir essa patologia.

Palavras-chave

Febre reumática; Faringoamigdalite; Infecções; Desenvolvimento infanto-juvenil.

Área

Reumatologia

Instituições

UNINASSAU - Pernambuco - Brasil

Autores

ANA ELISA ABREU DE ARAÚJO SANTOS, CLAUDIO André Gomes Moura de MELO, MARÍLIA Arcanjo PEREIRA, LUISA Caroline Felipe de Souza BATISTA, José Mario Bandeira Guimarães FILHO