Dados do Trabalho
Título
O USO DA MELATONINA EXOGENA EM PACIENTES AUTISTAS E SEUS IMPACTOS NA QUALIDADE DE VIDA DO PACIENTE E DE SEU CUIDADOR
Fundamentação/Introdução
Fundamentação/Introdução: Indivíduos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) frequentemente apresentam problemas relacionados ao sono, principalmente na capacidade de iniciar e mantê-lo, implicando não só na qualidade de vida desses, mas também das pessoas que convivem diariamente com eles. Nesse contexto, o uso de melatonina exógena tem se mostrado uma alternativa para amenizar os problemas de sono, refletindo positivamente na vida desses indivíduos.
Objetivos
Objetivos: Esse estudo visa a analisar, na literatura, as mais recentes atualizações sobre o uso de melatonina com o intuito de melhorar a qualidade do sono de pacientes autistas, além de seus impactos na qualidade de vida do paciente e das pessoas que convivem com ele.
Delineamento e Métodos
Delineamento e Métodos: Trata-se de um levantamento de dados da literatura para o qual foram selecionados artigos publicados de janeiro de 2016 a julho de 2020, obtidos a partir das bases de dados MEDLINE, LILACS e Web of Science, com a estratégia de busca: "autism" e “melatonin”, junto ao operador booleano AND. Na inclusão dos artigos, foram utilizados os seguintes critérios: relato de caso, ensaio clínico controlado e guia de prática clínica, sendo esses publicados em português ou inglês. Foram incluídos 9 estudos ao final do processo.
Resultados
Resultados: A melatonina é um hormônio atuante sobre o ciclo circadiano humano e como modulador do sono. Constatou-se que o seu uso está correlacionado a benefícios no alívio de distúrbios do sono em jovens com autismo e, em consequência, melhoria das relações familiares. Nesse contexto, o medicamento PedPRM (pediatric-appropriate prolonged-release melatonina), nas dosagens de 2 mg, 5 mg, ou 10 mg, mostrou-se seguro a longo prazo e bem tolerado no tratamento em pacientes refratários a intervenções comportamentais do sono. Ademais, observou-se alívio de dificuldades correlacionadas à insônia, em especial problemas de comportamento de externalização (hiperatividade, desatenção e conduta inadequada), demonstrando os aspectos positivos em seu uso no problema analisado.
Conclusões/Considerações finais
Conclusões: Destarte, constatam-se evidências dos impactos da melatonina exógena, nas dosagens de 2 mg, 5 mg, ou 10 mg, na qualidade do sono, auxiliando no início e na manutenção desse, e na melhora do comportamento das pessoas com TEA, assim como na melhora da qualidade de vida das pessoas que convivem com eles.
Palavras-chave
Palavras-chave: Transtorno do Espectro do Autismo; melatonina; sono.
Área
Psiquiatria
Categoria
Revisões Sistemáticas
Instituições
Centro Universitário de João Pessoa - Paraíba - Brasil, Universidade Federal da Paraíba - Paraíba - Brasil
Autores
DANYELLE SOARES GOUVEIA DA SILVA, Matheus Silva Duarte de Oliveira, Maria Luiza Silva Normandes, Estácio Amaro da Silva Júnior