Congresso Norte-Nordeste de Clínica Médica e Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

OS AGENTES ANTIPSICOTICOS COMO DESENCADEANTES DA CETOACIDOSE DIABETICA

Fundamentação/Introdução

Os antipsicóticos de segunda geração são a primeira escolha no tratamento de sintomas psiquiátricos devido a sua eficácia. No entanto, apresentam comorbidade significativa relacionada às síndromes metabólicas. Dentre as principais intercorrências no uso prolongado desses medicamentos, o que mais sobressai são as mudanças fisiológicas nocivas ocorridas no metabolismo, associadas à resistência à insulina, diminuição do metabolismo oxidativo, aumento dos hormônios contrarreguladores e da gordura corporal. Assim, tais alterações orgânicas aumentam o risco de Diabetes Mellitus que pode ocasionar um quadro de cetoacidose diabética.

Objetivos

Estabelecer uma correlação entre os antipsicóticos e o desenvolvimento de cetoacidose diabética em pacientes sob o uso dessas drogas, no intuito de permitir os avanços na prevenção desses agravos e complicações no cotidiano médico.

Delineamento e Métodos

Foi realizada uma pesquisa na literatura nos últimos 5 anos, nos idiomas: português e inglês, durante o mês de fevereiro de 2020 nas bases de dados PUBMED e SCIELO utilizando os descritores “Ketosis” AND “Antipsychotic Agents” e “Cetoacidose” AND “Agentes Antipsicóticos”. Encontrou-se um total de 19 artigos, sendo destes 17 do PUBMED e 15 do SCIELO. Após estabelecidos critérios de exclusão e inclusão mediante leitura e relevância do tema selecionou-se 8 artigos totais para essa revisão sistemática. Os critérios de inclusão foram pautados a partir de artigos científicos acerca da relação entre os antipsicóticos e a cetoacidose diabética.

Resultados

Os medicamentos antipsicóticos exercem muitas ações no tecido periférico, incluindo tecido adiposo, muscular e pancreático, podendo conferir resistência à insulina através do aumento de leptina ou TNFα no tecido adiposo e acentuar os fatores de risco para o surgimento de Diabetes Mellitus. A terapia com antipsicóticos para pacientes psiquiátricos tem sido relacionada com o quadro de cetoacidose diabética em que a clozapina e olanzapina são os principais medicamentos utilizados e seus mecanismos de ação interagem no sistema neuroendócrino, levando a efeitos colaterais como aumento do apetite, obesidade, hiperglicemia e diabetes sendo as fenotiazinas apontadas como responsável nos distúrbios da regulação da glicose.

Conclusões/Considerações finais

Percebe-se então, que os pacientes em terapia com antipsicóticos aumentam as chances de desenvolver diabetes e evoluir para um quadro de cetoacidose diabética especialmente em quadros assintomáticos.

Palavras-chave

Agentes antipsicóticos. Cetoacidose diabética. Diabetes Mellitus.

Área

Clínica Médica Geral

Instituições

UNIT-AL - Alagoas - Brasil

Autores

LARISSA CRISTINA DE LIMA CAVALCANTE, LETICIA CARLA DE LIMA CAVALCANTE, VÍVIAN STHEFANE SANTOS DE LUCENA