Dados do Trabalho
Título
COVID-19 E COMPULSAO ALIMENTAR: A VIRALIZAÇAO DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES NO CONTEXTO DO ISOLAMENTO SOCIAL
Fundamentação/Introdução
O isolamento social causado pelo SARS-CoV-2, o novo coronavírus que é responsável pela doença Covid-19, tem alterado a rotina da população. Conciliar trabalho, atividades domésticas e filhos além das incertezas, dos medos e das inseguranças experenciadas nessa fase atípica, geraram verdadeiros desafios e, uma parcela significativa de pessoas, ficou abalada emocionalmente frente a essa realidade. Com isso, se observa que a alimentação compulsiva se tornou uma “saída” para o indivíduo cumprir com todas as obrigações e, ainda assim, sentir um pouco de prazer e de alívio.
Objetivos
Analisar a relação existente entre a pandemia do coronavírus e o aumento da compulsão alimentar diante do isolamento social.
Delineamento e Métodos
Trata-se de revisão bibliográfica embasada em artigos científicos indexados no SCIELO, Pubmed e BVS publicados entre 2015 e 2020 e identificados pelos descritores: Ansiedade; Pandemia; Compulsão alimentar.
Resultados
Os tipos de compulsão mais comuns são aqueles voltados ao excesso de ingestão de comida, como: obesidade, transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) e transtorno obsessivo compulsivo (TOC) por alimentos. Em cada uma dessas desordens, se deposita na refeição as válvulas de escape para lidar com as situações adversas experimentadas. As mudanças emocionais advindas do estresse das circunstâncias atuais se refletiram no comportamento alimentar em que suas manifestações variam desde comer excessivamente através do aumento da frequência da alimentação (os beliscadores) ou ter compulsão alimentar chegando até a impor restrição calórica severa. Em pessoas com transtornos alimentares se observa outras condições concomitantes como, por exemplo, depressão, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno pós-traumático e transtorno por uso de substâncias. A preocupação e a ansiedade desencadeadas pela Covid-19 podem ter acentuando a severidade do distúrbio paralelo, o que interage negativamente com o próprio transtorno alimentar.
Conclusões/Considerações finais
Portanto, assim como os demais distúrbios alimentares, nos quadros de compulsão alimentar o tratamento deve ser multidisciplinar. O indivíduo deve receber acompanhamento médico, psicológico, nutricional e em muitos casos medicamentoso. É importante que o paciente trabalhe sua mente, buscando ampliar a consciência que tem sobre si. Recomenda-se também a prática de exercícios físicos e atividades relacionadas à atenção para a produção de endorfina e no controle da ansiedade.
Palavras-chave
Compulsão Alimentar; Pandemia; Ansiedade.
Área
Psiquiatria
Categoria
Revisões Sistemáticas
Instituições
Faculdade de Medicina Nova Esperança - Paraíba - Brasil
Autores
RODRIGO BARACUHY DA FRANCA PEREIRA, Deborah Cristina Nascimento de OLIVEIRA, Cynthia Rolim de ALMEIDA, Nair Peixoto Xavier CLEROT, Daniela Heitzmann Amaral Valentim de SOUSA