Congresso Norte-Nordeste de Clínica Médica e Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

RISCOS INERENTES A GESTAÇAO ASSOCIADA AO LUPUS ERITEMATOSO SISTEMICO

Fundamentação/Introdução

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica e autoimune, ou seja, se caracteriza pela produção de anticorpos voltados contra antígenos nucleares e outros antígenos celulares. Essa doença ocorre principalmente em mulheres entre 20 e 45 anos em idade, estando assim, na fase reprodutiva de suas vidas. Dessa forma, a gestação nas pacientes com LES demanda uma atenção redobrada, principalmente quando o LES estiver ativo.

Objetivos

Apresentar os principais riscos inerentes à gestação de mulheres portadoras do Lúpus Eritematoso Sistêmico.

Delineamento e Métodos

Trata-se de uma revisão bibliográfica com base em artigos científicos publicados no SCIELO, Pubmed e BVS. A seleção foi realizada por critérios de inclusão, sendo estes: artigos originais publicados entre 2015 e 2020, abordando o tema proposto.

Resultados

Sabe-se que o LES sendo uma doença autoimune, desencadeia inflamações e alterações de tecidos saudáveis e, a gravidez está relacionada com um período de transições tanto físicas, quanto psicológicas e hormonais, sendo assim, a gestação em mulheres lúpicas diligencia uma atenção e um cuidado maior devido as possíveis complicações que incluem a possibilidade de um aborto espontâneo, de morte fetal, de restrição ao crescimento intrauterino, de parto prematuro e de morte perinatal. Para a gestante, existe ainda a possibilidade de desencadear a pré-eclâmpsia, a tireoidite e a síndrome antifosfolípide. No momento da concepção, ou seja, do parto em si, pode ocorrer a exacerbação da doença ocasionando um acometimento renal como nefrite lúpica, doenças glomerulares e hipertensão arterial sistêmica.

Conclusões/Considerações finais

Diante desse contexto, a gestação de mulheres com LES estão mais propensas ao risco de exacerbação dessa patologia que possui consequências potencialmente danosas tanto para as mulheres, quanto para o feto e, para o desenvolvimento da adequado da gestação. Dessa forma, o planejamento adequado e supervisionado dessa gestação é fundamental para o seu sucesso, buscando não engravidar no momento da doença ativa. Durante o acompanhamento, deve-se buscar o controle da doença e reduzir a dose de corticosteroides. O melhor prognóstico é quando a doença está inativa de três a seis meses previamente à concepção e na ausência de hipertensão. Este é o ponto central do planejamento da gravidez em mulheres lúpicas, com isso, há decréscimo da morbimortalidade materno-fetal e redução das manifestações clínicas.

Palavras-chave

Lúpus Eritematoso Sistêmico; Gestação; Doença autoimune.

Área

Clínica Médica Geral

Instituições

Faculdade de Medicina Nova Esperança - Paraíba - Brasil

Autores

RODRIGO BARACUHY DA FRANCA PEREIRA, Deborah Cristina Nascimento de Oliveira, Cynthia Rolim de Almeida, Nair Peixoto Xavier Clerot, Daniela Heitzmann Amaral Valentim de Sousa