Congresso Norte-Nordeste de Clínica Médica e Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

RELATO DE CASO: TROMBOSE DE PRÓTESE VALVAR AÓRTICA EM PACIENTE IMUNOCOMPROMETIDO

Fundamentação/Introdução

Introdução: A trombose de prótese valvar é caracterizada pela formação de trombo em estrutura protética podendo vir acompanhado de tromboembolismo. Sua incidência varia entre 0,03 e 5,7% pacientes-ano, sendo o risco de ocorrência durante toda a vida nos receptores de próteses valvares mecânicas, conforme adesão à anticoagulação. As complicações tromboembólicas são causa frequente de morbimortalidade nesses pacientes.

Objetivos

Objetivos: Descrever o caso e aprofundar conhecimentos sobre condutas e suas complicações.

Delineamento e Métodos

Descrição do caso: Paciente de 49 anos, feminino, solteira, residente em João Pessoa, deu entrada no Hospital Clementino Fraga dia 12/02/2020 queixando-se de desconforto respiratório. Ao exame físico apresentava taquidispnéia, sibilância difusa e sopro cardíaco sistólico em foco aórtico 2+/4+. Tabagista, história de SIDA, asma/doença pulmonar obstrutiva crônica, hipertensão arterial sistêmica e cirurgia cardíaca prévia para troca de valva aórtica por prótese mecânica em 2013, evoluindo para trombose valvar no ano seguinte mesmo após tratamento antitrombótico terapêutico. Realizou Cinecoronariografia dia 07/02/2020 evidenciando lesão severa (70%) em ramo circunflexo da artéria coronária esquerda e refluxo discreto de prótese mecânica aórtica com ectasia em aorta ascendente.
Internada e acompanhada por infectologista e cardiologista, realizou eletrocardiograma, sem alterações, saturando 100% em cateter nasal de O2 (3L/min); coagulograma mostrou atividade enzimática da protrombina 82,9%; relação normativa internacional 1.12; tempo de protrombina 13,9 segundos. Encaminhada ao cirurgião cardíaco para avaliação, foi recomendada a troca para prótese biológica.

Resultados

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Conclusões/Considerações finais

Conclusão: A escolha do tratamento dependerá da indicação médica, sendo a terapia trombolítica de primeira escolha, exceto em pacientes com antecedente de acidente vascular cerebral, fibrilação atrial, ou trombo > 0,8 cm2, onde pode-se considerar a cirurgia como tratamento, desde que não haja condições clínicas desfavoráveis (choque cardiogênico, com risco cirúrgico elevado).
DESCRITORES: Trombose; SIDA; válvula aórtica.

Área

Cardiologia

Instituições

Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba - Paraíba - Brasil

Autores

SANDRYANNE MARIA RODRIGUES PATRIOTA, STEPHANIA KIYOKA MINE MESQUITA, GABRIELA GOUVEIA DA COSTA DUARTE, ANALIDIA MARIA DE ANDRADE SOUZA, ERICK JOSÉ DE MORAIS VILLAR