Congresso Norte-Nordeste de Clínica Médica e Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

USO DE NOVOS ANTICOAGULANTES NA CONDUTA TERAPÊUTICA DO TROMBOEMBOLISMO VENOSO

Fundamentação/Introdução

O tromboembolismo venoso possui espectro de apresentação que vai desde a trombose venosa profunda até o tromboembolismo pulmonar agudo, de acordo com gravidade crescente de acometimento, sendo seu tratamento baseado na anticoagulação plena dos pacientes. Os anticoagulantes são capazes de prevenir a formação de novos trombos, possibilitando que os mecanismos de fibrinólise endógena atuem sobre os trombos já formados. Apesar de não promoverem a quebra do trombo, os anticoagulantes agem inibindo o seu crescimento.

Objetivos

Analisar os aspectos terapêuticos envolvendo o uso de novos anticoagulantes no tratamento do tromboembolismo venoso.

Delineamento e Métodos

O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica com base em artigos científicos publicados no SCIELO, Pubmed e BVS sobre o tema proposto.

Resultados

Até o início deste século a terapia anticoagulante se baseava no uso de heparina, em suas formas não fracionadas ou de baixo peso molecular, e de antagonistas da vitamina K, principalmente a varfarina. No decorrer do tempo e com o aprofundamento dos estudos, foram desenvolvidas novas classes de medicamentos anticoagulantes conhecidos como inibidores do fator Xa e inibidores diretos da trombina, que mudaram significativamente o arsenal terapêutico do tromboembolismo venoso, em função de suas características de eficácia e segurança quando comparados ao tratamento convencional. São eles: a dabigatrana (inibidor direto da trombina), a rivaroxabana, a apixabana e a edoxabana, sendo estes três últimos antagonistas do fator Xa. Todas são medicações administradas pela via oral, com biodisponibilidade e tempo de início de ação diferente entre si.

Conclusões/Considerações finais

Na última década surgiram novos anticoagulantes com o objetivo de ampliar a janela terapêutica, por possuírem rápido início de ação e, principalmente, por apresentarem menor interação medicamentosa em relação aos anticoagulantes tradicionais. Entretanto, o consenso mais recente das sociedades europeias de cardiologia e de doenças respiratórias coloca os novos anticoagulantes com a mesma recomendação e nível de evidência do tratamento convencional, inicialmente com as heparinas e seguidas do uso de varfarina, sem hierarquização. Tal fato ressalta a relevância dessa classe de medicações e a necessidade do conhecimento de suas propriedades farmacológicas e do perfil de seus efeitos colaterais. A prescrição das novas drogas requer segurança e confiança, dependendo principalmente do seu uso e com a prática clínica.

Palavras-chave

Anticoagulantes; Terapia; Tromboembolismo.

Área

Clínica Médica Geral

Instituições

Faculdade de Medicina Nova Esperança - Paraíba - Brasil

Autores

DEBORAH CRISTINA NASCIMENTO DE OLIVEIRA, Cynthia Rolim de Almeida, Nair Peixoto Xavier Clerot, Rodrigo Baracuhy da Franca Pereira, Daniela Heitzmann A. Valentim de Sousa