Congresso Norte-Nordeste de Clínica Médica e Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ATUALIZAÇÕES E NOVAS DIRETRIZES NO RASTREIO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA SECUNDÁRIA

Fundamentação/Introdução

Fundamentação/Introdução: A hipertensão arterial sistêmica secundária (HAS-S), responsável por 3% a 5% dos casos de HAS, é diagnosticada quando se é possível detectar uma causa para a elevação crônica da pressão arterial (PA) do paciente. Contudo, seu rastreio possui custos elevados e deve ser indicado aos pacientes com alta suspeita.

Objetivos

Objetivos: Esse estudo visa a analisar, na literatura, as orientações mais recentes sobre a identificação de pacientes que devem ter a indicação de rastreio da HAS-S.

Delineamento e Métodos

Delineamento e Métodos: Trata-se de um levantamento de dados da literatura para o qual foram selecionados artigos publicados de janeiro de 2016 a maio de 2020, obtidos a partir das bases de dados MEDLINE, LILACS e IBECS, com a estratégia de busca: "secondary arterial hypertension" e seu correspondente em português. Na inclusão dos artigos, foram utilizados os seguintes critérios: relato de caso, ensaio clínico controlado e guia de prática clínica, sendo esses publicados em português ou inglês. Foram incluídos 9 estudos ao final do processo e 394 foram descartados por não atenderem aos critérios.

Resultados

Resultados: A literatura indica, antes da realização do rastreio, a exclusão da HAS do jaleco branco e da pseudo-hipertensão, a análise da adesão terapêutica e identificação de sinais e sintomas de HAS-S. As situações de alerta são pacientes jovens, com menos de 40 anos; pacientes com HAS resistente, caracterizada pelo uso de três anti-hipertensivos, sendo ao menos um diurético; adultos com HAS recente e descontrolada; com exacerbação de HAS previamente controlada ou com hipocalemia não provocada ou excessiva. Assim, entre as principais causas para a HAS-S estão a coarctação da aorta, geralmente detectada no período pré-natal ou na infância; endocrinopatias, com destaque para o hiperaldosteronismo primário; síndrome de Cushing e Feocromocitoma; apneia do sono; disfunções renais, como a HAS renoparenquimatosa; e o uso de anticoncepcionais ou outras substâncias que possam elevar a PA. Ademais, deve-se lembrar da prevalência da HAS-S em atendimentos pediátricos é muito maior que em adultos; além disso, o aumento da PA sistólica se dá quando acordadas e o da PA diastólica quando adormecidas ou acordadas, comparados a crianças com HAS primária.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões: Destarte, evidencia-se a importância da história clínica do paciente e a análise dos pacientes com alta suspeita, destacados pela literatura, pelo profissional da saúde visando a uma maior eficiência no diagnóstico da HAS-S.

Palavras-chave

Hipertensão arterial sistêmica; hipertensão secundária; rastreio.

Área

Cardiologia

Instituições

Centro Universitário de João Pessoa - Paraná - Brasil, Universidade Federal da Paraíba - Paraíba - Brasil

Autores

DANYELLE SOARES GOUVEIA DA SILVA, Matheus Silva Duarte de Oliveira, Maria Luiza Silva Normandes, Luiz Henrique Cesar Vasconcelos