Congresso Norte-Nordeste de Clínica Médica e Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

OBSTRUÇÃO ARTERIAL AGUDA: RELATO DE CASO

Fundamentação/Introdução

A obstrução arterial aguda (OAA) é a interrupção aguda do fluxo sanguíneo, que reduz a perfusão tecidual. Manifesta-se com intensa e repentina dor no membro, sensação de frio e dormência, palidez ou cianose da pele na região. Acomete mais artérias dos membros inferiores, seguidas pelas artérias dos membros superiores, região cervical, viscerais e aorta. Mortalidade de 20% em 30 dias e morbidades como sangramento, amputação, síndrome compartimental e insuficiência renal em até 25% dos casos. A OAA é uma das formas mais tratáveis, potencialmente devastadoras da doença arterial periférica. O salvamento dos membros chega a 85%, se o diagnóstico for precoce e as medidas terapêuticas instituídas com brevidade.

Objetivos

Descrever caso de obstrução arterial aguda.

Delineamento e Métodos

Estudo do tipo descritivo.

Resultados

Mulher, 81 anos, hipertensa e diabética, atendida no Hospital Geral do Estado, com relato de diminuição do nível de consciência há 6 horas e dor súbita em MID, evoluindo com dificuldade de deambulação e edema, há 36 horas, associado a alteração da coloração da pele. Ao exame físico, grave estado geral, confusa e taquipnéica. Abdome distendido, doloroso a palpação profunda e a descompressão brusca, presença de livedos reticulares em quadrante inferior direito, respeitando linha média, desde a raiz da coxa até cicatriz umbilical. Extremidades:edema de MID, temperatura diminuída, coloração vinhosa e livedos reticulares com extensão do quadrante inferior direito abdominal até o joelho ipsilateral, cianose distal fixa e dolorosa a mobilização. Pulso femoral direito, poplíteos, tibial anterior e posterior não palpáveis. MIE sem alterações. Tomografia computadorizada de abdome com distensão de alça intestinal e densificação de gordura mesentérica. Hipótese de isquemia mesentérica aguda e oclusão arterial aguda do MID, em topografia fêmoro-poplítea. Submetida a laparotomia exploradora, sem evidências de isquemia mesentérica. Realizada exploração vascular do leito fêmuro-poplíteo e tromboembolectomia segmento ilíaco-fêmoro-poplíteo a direita com Fogarty 5FR, observando-se fluxo arterial proximal. Passagem de Fogarty distal, com refluxo distal lentificado e vermelho escuro. Melhora livedos no abdome e terço proximal do MID. Encaminhada a unidade de terapia intensiva.

Conclusões/Considerações finais

É necessário evidenciar a obstrução arterial no âmbito da emergência, visto que o tempo é fator essencial para evitar maiores comorbidades e preservar a qualidade de vida do paciente.

Palavras-chave

Área

Urgência e Emergência

Instituições

Centro Universitário Tiradentes - UNIT - Alagoas - Brasil

Autores

HELOISE SARMENTO FERREIRA, Myllena Caetano Leite Inácio Santos, Labibe Manoela Melo Cavalcante, Klaus Manoel Melo Cavalcante, Milena Santana Ribeiro Silva, Ernann Tenório de Albuquerque Filho