Dados do Trabalho
Título
ANÁLISE DA MORTALIDADE POR DIABETES MELLITUS NO TERRITÓRIO NACIONAL NO ANO DE 2017
Fundamentação/Introdução
Introdução/Fundamentos: O Diabetes Mellitus (DM) se caracteriza por altos níveis de glicose no sangue devido ao déficit de e/ou à resistência periférica à insulina. A longo prazo, promove lesões em órgãos-alvo e descompensações metabólicas agudas, responsáveis pela mortalidade. No Brasil, o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) é um dos encarregados em registrar tal mortalidade, que sofre influência de fatores socioeconômicos e regionais.
Objetivos
Objetivos: Descrever e analisar a epidemiologia da mortalidade por DM no Brasil em 2017.
Delineamento e Métodos
Métodos: Estudo descritivo, documental e transversal. Informações sobre óbitos por DM por estado/região de residência, idade, sexo, raça e escolaridade no ano de 2017 foram retiradas do SIM. Foram utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística referentes à estimativa da população residente na nação, com base em 01 de julho de 2017.
Resultados
Resultados: Em 2017, houve 63.486 óbitos por DM no Brasil, representando 30,57 óbitos/100.000 habitantes. Em quatro óbitos, o sexo foi ignorado. Dentre as demais mortes, 54,1% (34.367) eram do sexo feminino. A faixa etária de maior mortalidade foi a de 80 anos ou mais (19.261). Afora 8 casos em que a idade não foi registrada, 81,5% (51.714) das mortes aconteceram a partir da sexta década de vida. Excluindo os casos em que a escolaridade não foi informada (11.541), 95,6% (49.643) dos pacientes não tinham o ensino médio completo. Cerca de 49,8% (30.565) dos óbitos cuja etnia foi registrada (61.408) foram de pessoas brancas. As regiões Centro-Oeste; Norte; Sudeste; Sul; e Nordeste apresentaram as respectivas taxas de 26; 26,3; 27,3; 32,6; e 36,9 óbitos/100.000 habitantes. As maiores e menores mortalidades por estado foram na Paraíba e no Distrito Federal – respectivamente 43,7 e 15,9 óbitos/100.000 habitantes.
Conclusões/Considerações finais
Conclusões/Considerações finais: Os resultados encontrados frequentemente mostram incompletude de dados. Não obstante, a maior parte das mortes foi do sexo feminino, brancos, na oitava década de vida e sem ensino médio completo. As regiões com os maiores índices foram Nordeste e Sul, o que pode estar respectivamente relacionado a piores condições de vida e assistência à saúde, e a um maior registro dos índices. É necessária a implementação de medidas que assegurem a disponibilização de tais dados epidemiológicos, bem como a execução de estudos que investiguem a etiologia de tais índices, de modo a adequar intervenções reparadoras às realidades regionais.
Palavras-chave
Epidemiologia; Complicações do Diabetes; Óbitos; Saúde Pública
Área
Endocrinologia
Categoria
Estudos Originais
Instituições
Universidade Federal da Paraíba - UFPB - Paraíba - Brasil
Autores
VITOR MEDEIROS DELGADO, DIEGO MEDEIROS DELGADO, GABRIELLY DE OLIVEIRA VIANA, GABRIELA JANUÁRIO DE OLIVEIRA