Congresso Norte-Nordeste de Clínica Médica e Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DE OBESIDADE ATRAVÉS DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL EM ACADÊMICOS DE MEDICINA

Fundamentação/Introdução

O universo acadêmico traz influências negativas para o estilo de vida do estudante, como: hábitos alimentares irregulares e a não introdução da atividade física na sua rotina. Diante desse cenário, o acadêmico de medicina devido a sua rotina está vulnerável a modificações nocivas ao estilo de vida, como o ganho de peso.

Objetivos

Avaliar a prevalência de sobrepeso e obesidade, além de fatores como prática de exercício físico, etilismo e tabagismo.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo quantitativo e transversal realizado em acadêmicos de medicina de uma universidade em Sergipe. Foram submetidos à avaliação antropométrica (peso e altura), sendo a análise dos dados feitos a partir do software R Core Team 2019.

Resultados

Participaram 298 alunos, divididos em 1º, 3º e 6º ano do curso. Sendo a amostra composta por 186 (64,4%) participantes do sexo feminino, com idade média de 22,6 anos (p < 0,001). De forma geral, 9 (3,3%) encontravam-se abaixo do peso, 188 (69,1%) no peso ideal, 61 (22,4%) sobrepeso e 14 (5,1%) com obesidade. A respeito do 1º ano, 5 (4,6%) se encontravam abaixo do peso ideal, 78 (71,6%) no peso ideal, 20 (20,2%) sobrepeso e 4 (3,7%) com obesidade. Referente ao 2º ano, 4 (4,7%) estavam abaixo do peso, 56 (65,9%) peso ideal, 19 (22,4%) sobrepeso e 6 (7,1%) com obesidade. Relativo ao 3º ano, ninguém estava abaixo do peso, 54 (70,1%) tiveram o peso ideal, 19 (24,7%) sobrepeso e 4 (7,2%) com obesidade. No que tange a prática de exercício físico, 201 (69,8%) afirmaram realizar algum exercício físico, sendo os maiores índices encontrados no 3º ano do curso 71 (78%) e os menores nos primeiros anos do curso 67 (61,5%). Em relação ao consumo de álcool 92 (31,8%) afirmaram ter consumo regular de álcool, sendo que 34 (37%) se encontram no terceiro ano, 31 (35%) nos últimos anos e 26 (23,9%) nos primeiros anos. O tabagismo apresentou índices de 1 (0,9%) nos primeiros anos; de 3 (3,3%) na metade da graduação e 2 (2,3%) ao final do curso.

Conclusões/Considerações finais

Observou-se que os percentuais de estudantes com sobrepeso foram maiores no 1º ano (p < 0,517) e os de obesidade na metade do curso. Já em relação ao consumo de álcool, notamos que no decorrer do curso, os índices de etilismo aumentam, já os índices de tabagismo não foram significantes de maneira geral. Dessa forma, é notório a necessidade de uma intervenção durante os primeiros anos do curso a fim de reduzir os índices de obesidade e sobrepeso além de medidas que minimizem os demais fatores.

Palavras-chave

medicina, privação do sono; sobrepeso; obesidade

Área

Endocrinologia

Instituições

Universidade Tiradentes - Sergipe - Brasil

Autores

MARILIA DE LIMA MOTA, Barbara Ramos Leite, Elisandra Carvalho Nascimento, Thais Santana Vieira, Ingrid Pereira Gomes