Congresso Norte-Nordeste de Clínica Médica e Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DA QUALIDADE DE SONO E OBESIDADE EM ACADÊMICOS DE MEDICINA EM TRÊS ETAPAS DISTINTAS DO CURSO

Fundamentação/Introdução

A curta duração do sono promove alterações orgânicas, de ordem crônica, como a obesidade. Há cada vez mais evidências que apoiam a relação entre sono inadequado e excesso de peso e obesidade e a redução na duração do sono e aumento das queixas de sono.

Objetivos

Identificar a prevalência de obesidade e sobrepeso; e avaliar a qualidade de sono de sono em acadêmicos de medicina.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo quantitativo e transversal realizado em acadêmicos de medicina de uma universidade em Sergipe. Foram submetidos à avaliação antropométrica (peso e altura) e responderam o questionário Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI) que avalia a qualidade de sono. A análise dos dados foi feita pelo programa R Core Team 2019.

Resultados

Foram avaliados 289 acadêmicos, do 1º, 3º e 6º ano do curso, com idade média de 22,6 anos, sendo 103 (35,6%) participantes do sexo masculino. Além disso, 9 (3,3%) encontravam-se abaixo do peso, 188 (69,1%) no peso ideal, 61 (22,4%) com sobrepeso e 14 (5,1%) com obesidade. Sobre a qualidade do sono, 57 (19,8%) obtiveram bom índice, 189 (65,6%) tiveram sono de qualidade ruim e 42 (14,6%) cursaram com distúrbio de sono. A respeito do 1º ano, 5 (4,6%) se encontravam abaixo do peso ideal, 78 (71,6%) no peso ideal, 20 (20,2%) com sobrepeso e 4 (3,7%) com obesidade. Ademais, 20 (18,3%) alcançaram boa qualidade de sono, 72 (66,1%) ruim e 17 (15,6%) distúrbio do sono. Referente ao 3º ano, 4 (4,7%) estavam abaixo do peso, 56 (65,9%) peso ideal, 19 (22,4%) sobrepeso e 6 (7,1%) com obesidade. Outrossim, 18 (19,8%) apresentaram boa qualidade do sono, 61 (67%) ruim e 12 (13,2%) distúrbio do sono. Relativo ao 6º ano, ninguém estava abaixo do peso, 54 (70,1%) estavam com o peso ideal, 19 (24,7%) com sobrepeso e 4 (7,2%) com obesidade. De resto, a qualidade do sono foi considerada boa em 19 (21,8%), ruim em 56 (64,4%) e com distúrbio do sono em 12 (13,8%).

Conclusões/Considerações finais

Observou-se que os percentuais de acadêmicos com sobrepeso foram maiores no 1º ano e os de obesidade na metade do curso. Em relação ao índice de qualidade do sono, foi expressivamente ruim em todos os anos do curso. Ademais, o 1ª ano apresentou os maiores percentuais de distúrbio do sono. Já os de melhor índice de sono, não sofreram alterações significativas entres os anos. Sendo assim, é notório a necessidade de uma intervenção durante os primeiros anos do curso a fim de reduzir os índices de obesidade, transtornos psíquicos e do sono.

Palavras-chave

obesidade; qualidade de sono; acadêmicos de medicina.

Área

Clínica Médica Geral

Instituições

Universidade Tiradentes - Sergipe - Brasil

Autores

MARILIA DE LIMA MOTA, Barbara Ramos Leite, Elisandra Carvalho Nascimento, Thais Santana Vieira, Ingrid Pereira Gomes