Congresso Norte-Nordeste de Clínica Médica e Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ÓBITOS POR QUEDAS EM IDOSOS DO NORDESTE BRASILEIRO: UMA AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

Fundamentação/Introdução

Quedas são definidas pela Organização Mundial da Saúde como um deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial, incapaz de correção em tempo hábil, conforme determinado por condições multifatoriais que comprometem a estabilidade. Representam a terceira maior causa de morte na população idosa do brasil. Sabe-se que o envelhecimento é potencialmente acompanhado de lentidão dos reflexos posturais, dificuldades de processamento e doenças específicas, o que torna os idosos mais vulneráveis a quedas. Dado isso, é de extrema relevância para o clínico saber quais os idosos mais susceptíveis, reconhecer fatores de risco e intervir nos fatores identificados.

Objetivos

Analisar o perfil epidemiológico dos óbitos por quedas na faixa etária dos idosos do Nordeste brasileiro a fim de permitir tanto identificar o grupo mais vulnerável quanto estabelecer uma comparação com o perfil nacional.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo epidemiológico e retrospectivo para o qual foram utilizados dados secundários disponibilizados na base eletrônica do DATASUS do período que compreende o ano de 2019.

Resultados

Foram avaliadas as seguintes variáveis: faixa etária, sexo, raça e circunstância da queda. Observou-se que o perfil do idoso nordestino que vai a óbito por queda é semelhante ao perfil nacional, isto é, as mortes foram mais frequentes no sexo masculino, na raça branca e na faixa etária maior que 80 anos, podendo-se ressaltar que conforme a idade avança, o número de quedas e óbitos por quedas tende a aumentar a cada ano. Ademais, as quedas da própria altura foram as mais frequentes.

Conclusões/Considerações finais

Embora intervir nos fatores de risco identificados não resulte na plena garantia de não ocorrência de quedas, pois existem fatores intrínsecos e extrínsecos envolvidos, a avaliação multifatorial voltada para o perfil epidemiológico do idoso somada à atenção ao seu contexto de vida pode ser uma ferramenta crucial na prevenção de quedas. Logo, é de suma importância que o médico seja capaz de reconhecer os fatores de risco envolvidos e de intervir, a fim de prevenir quedas potencialmente evitáveis através de orientação de exercícios de condicionamento de equilíbrio, força e marcha, adaptação ou modificação dos fatores ambientais do domicílio e controle de hipotensão postural, por exemplo.

Palavras-chave

Óbitos; Quedas; Idosos.

Área

Geriatria

Instituições

Universidade Católica de Pernambuco - Pernambuco - Brasil

Autores

ANDRESSA HIGINO DE SOUZA, José Artur Oliveira Leite, Larissa Carneiro Costa, Talita Dos Santos Martins , Victor Albuquerque Ferreira, Sandi Sardinha Freitas