Dados do Trabalho
Título
INFLUENCIA DA OBESIDADE ABDOMINAL NAS RAZOES LIPIDICAS PREDITORAS DE RISCO CARDIOVASCULAR EM MULHERES RESIDENTES EM PETROLINA-PE
Fundamentação/Introdução
Introdução: A obesidade abdominal (OA) é considerada um problema de saúde pública, acometendo indivíduos nas diferentes faixas etárias e gêneros, ocasionando uma mudança no perfil lipídico e por consequência a elevação no risco cardiovascular.
Objetivos
Objetivo: Avaliar a influência da obesidade abdominal sobre os níveis pressóricos e as razões lipídicas preditoras de risco cardiovascular (RCV) em mulheres residentes em Petrolina-PE.
Delineamento e Métodos
Métodos: O trabalho cumpriu as exigências do Comitê de Ética em Pesquisas da Universidade Federal do Vale do São Francisco (CAAE 62537316.3.0000.5196). Trata-se de um estudo analítico com abordagem quantitativa envolvendo 91 voluntárias residentes em Petrolina-PE. Foi obtido o perímetro da cintura (PC) e em seguida coletou-se uma amostra de sangue periférico para obtenção do perfil lipídico: colesterol total (CT), triglicérides (TG), LDL-c e HDL-c, para realização das razões lipídicas CT/HDL-c, LDL-c/HDL-c e TG/HDL-c. Aplicou-se o Teste de t de Student, regressão logística e correlação de Pearson para a análise dos dados, estabelecendo um valor de p<0,05 como significativo. Utilizou-se o software STATVIEW 5.0 e os dados foram apresentados como média ± EPM.
Resultados
Resultados: 62,6% das voluntárias apresentaram PC ≥ 88 cm, configurando OA. Assim, dividiu-se a população em 2 grupos: não-obesas (G1) e obesas (G2). Ao verificar o grau de coexistência entre a OA e as razões lipídicas, observa-se uma relação direta e positiva, sendo que na CT/HDL-c no G1 e G2, respectivamente, de 3,10 ± 0,2, e 4,02 ± 0,1, p=0,0026, assim como na razão LDL-c/HDL-c no G1 = 1,75 ± 0,1 e no G2 = 2,26 ± 0,1. Ao analisar a razão TG/HDL-c o G1 apresentou 2,16 ± 0,2 e o G2 3,93 ± 0,3, com p<0,05. Ou seja, as razões lipídicas estavam significativamente mais elevadas nas mulheres obesas em comparação as não obesas.
Conclusões/Considerações finais
Conclusões: Dessa forma, percebe-se que mulheres obesas que residem em Petrolina e que participaram deste estudo apresentam maior probabilidade de sofrerem danos cardiovasculares do que as não-obesas, quando avaliadas através das razões lipídicas. Isto pode influenciar no desenvolvimento de processos ateroscleróticos, o que torna necessário a investigação e aplicação de índices de fácil manuseio e baixo-custo para otimização da estratificação de risco cardiovascular.
Palavras-chave
Obesidade; Circunferência abdominal; risco cardiovascular; mulheres.
Área
Cardiologia
Instituições
Universidade Federal do Vale do São Francisco - Bahia - Brasil
Autores
CRISTIAN RODRIGUES DO NASCIMENTO, Iury Matheus Lima Cavalcanti, Tiago Ferreira da Silva Araújo