Congresso Norte-Nordeste de Clínica Médica e Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

RELATO DE CASO A RESPEITO DO MANEJO ATUAL DAS ARBOVIROSES

Fundamentação/Introdução

Introduz-se a dengue como doença febril causada por um dos quatro vírus usuais transmitidos por artrópodes. A infecção pode ser assintomática, ou apresentar manifestações clínicas prodrômicas (febre, erupção cutânea, cefaléia, dor ocular e osteomuscular) até uma síndrome de choque com risco de vida. Ao hidratar vigorosamente o paciente, há risco de edema agudo de pulmão causado pela hipervolemia e o aumento da permeabilidade capilar. Tem-se um relato de caso de paciente internada em centro de referência de doenças infecto-contagiosas e toxicológicas do RN (Hospital Giselda Trigueiro [HGT]), por suspeita de dengue, com sintomas prodrômicos iniciais e, ao ter inadequado manejo da investigação em outra unidade de atendimento, a suspeita da arbovirose evoluiu para um derrame pulmonar bilateral com complicações cardíacas.

Objetivos

Objetiva-se à discussão da adequada abordagem desses prevalentes arbovírus os quais desafiam à saúde pública, a fim de diminuir o risco de morbimortalidade.

Delineamento e Métodos

Utilizou-se como princípio metodológico o modelo observacional e descritivo, com abordagem qualitativa; feito revisão do prontuário e participação ativa das consultas, bem como, auxílio de acervos literários.

Resultados

Resulta no caso da paciente H.T.C. 59 anos, empresária, viúva; chega ao HGT (15/07/2019) por suspeita de dengue, apresentando queixas de febre alta, mialgia, cefaleia, queda do estado geral associado a dispnéia intensa, saturando 78% (ar ambiente). Na primeira unidade de atendimento (esteve por 03 vezes consecutivas), foi administrado soro fisiológico 0,9% e dexametasona; a paciente apresentou piora com intensa dispneia, então, fez-se oxigenioterapia e raio X, nesse apresentou importante infiltrado bilateral difuso; teve piora do estado geral, tosse produtiva, leucócitos dentro do padrão, PCR positivo. Assim, solicitou-se à internação, após 04 dias do quadro. Com nas hipóteses: dengue, H1N1, pneumonia viral e/ou bacteriana, sendo instituído tratamento com oseltamir, cefepime. Obteve melhora clínica progressiva, regressão da dispneia e boa saturação. Chamou atenção no início do caso, devido a dispneia, infiltrado pulmonar, marcadores cardíacos elevados, levando a hipótese de miocardite (realizado um ecocardiograma em leito, sem alterações). O quadro foi de congestão pulmonar por hipervolemia.

Conclusões/Considerações finais

Conclui-se a evidência do amplo espectro da dengue e da necessidade de um manejo adequado, devido ao indiscriminado aumento das formas graves e óbitos pelas arboviroses no Brasil.

Palavras-chave

Dengue. Manifestações clínicas. Complicações das arboviroses. Derrame. Tratamento.

Área

Infectologia

Instituições

universidade potiguar - Rio Grande do Norte - Brasil

Autores

LARISSA HELENA TARGINO GURGEL, LETICIA HELENA TARGINO GURGEL, LINDVALDO SOUSA, ANNA ARAUJO, TAINAH CANUTO SOUZA ANTUNES, ROBERTO GLEDES SIRQUEIRA BASILIO DA SILVA