Dados do Trabalho

Título

IDENTIFICAÇÃO TAXONOMICA FORENSE POR PELAGEM EM FELINO SILVESTRE APREENDIDO PELA POLÍCIA CIVIL – JATAÍ –GO

Introdução

A investigação forense dos crimes contra a fauna corresponde a uma das principais demandas para os peritos médicos veterinários. Vale ressaltar que o tráfico de animais silvestres envolve etapas como captura, transporte e comércio ilegais de indivíduos, implicando assim diversas formas de maus-tratos animais (REIS, 2018). Dessarte, o artigo 32 da Lei Federal conhecida como a lei de Crimes Ambientais (n. 9605/1998), proíbe tipos de abuso, maus-tratos e mutilação de qualquer animal silvestre, doméstico e domesticado, nativos ou exóticos (CRMV, 2023).

Objetivos

Descrever algumas das principais características morfológicas macroscópicas presentes na pelagem, servindo como base para a análise técnica científica em perícias criminais.

Parte experimental

Escolheu-se por buscar as principais diferenças morfológicas macroscópicas da pelagem (Figura 01). Foi realizada a análise visual do material biológico apreendido pela Polícia Civil, na qual foi possível verificar que a mesma possuía medidas de comprimento total de 102 cm, 75,5 cm descontando-se a cauda e 26,5 cm de cauda. Além disso, foi feita a análise das rosetas (ocelos) da região dorsal do pescoço, das laterais do corpo e da porção ventral. Optou-se também pela escolha do padrão de visualização macroscópica da pelagem. Assim sendo, foi constatado que se tratava de uma Jaguatirica ou Gato-maracajá-verdadeiro (Leopardus pardalis; Linnaeus, 1758).

Resultados e Discussões

De acordo com a literatura atual, esta espécie Leopardus pardalis possui características gerais de pelagem curta com rosetas tendendo a se unir nas laterais do corpo, correndo em cadeias paralelas. Logo, apresentam tendência a formar listras laterais. A característica dos pelos da região dorsal do pescoço apresenta crescimento no sentido cranial, sempre contrário ao crescimento dos pelos do restante do corpo. O ventre possui a coloração do pelo mais clara, quando comparada ao restante do corpo. A cauda possui tamanho relativamente curto, assim como a presença de anéis pretos. Todos esses achados corroboram com descrito por Adania et al. (2014).
Este felino está inserido na categoria menos preocupante na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN (2014) e no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção (2018).

Conclusões

Assim sendo, o material submetido ao exame de identificação taxonômica macroscópica de pelagem foi proveniente de um dos principais crimes ambientais presentes na lei n. 9.605/98, servindo de importante constituinte de prova pericial.

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