Dados do Trabalho

Título

NÓDULOS DE SCHMORL como fatores de individualização na antropologia forense.

Introdução

Na antropologia forense a identificação de desconhecidos é um dos principais objetivos (CUNHA, 2017). A identidade é determinada a partir do momento em que são encontradas características únicas e específicas, tal como as alterações de natureza patológica. Os nódulos de Schmorl (NS) são pequenas cavidades remodeladas nas superfícies superiores e inferiores do corpo vertebral (WALDRON, 2009), sendo comuns tanto nas populações da atualidade como do passado.

Objetivos

Pesquisar NS na coluna vertebral de 128 indivíduos (81 do sexo masculino e 47 do sexo feminino, com idade à morte entre 61 e 99 anos) pertencentes, à Coleção de Esqueletos Identificados – séc. XXI, da Universidade de Coimbra, procurando ainda clarificar o seu potencial de identificação pessoal na Antropologia Forense.

Parte experimental

Observação macroscópica e registro da localização dos NS.

Resultados e Discussões

Duas mil e seiscentas e noventa e nove (90,8%) vértebras permitiram a observação dos corpos vertebrais. Destas 60,9% possuíam NS. Na prevalência por sexo não houve diferenças estatisticamente significativas. O número de vértebras afetadas por NS por indivíduo variou de 1 a 14. Considerando que os NS geralmente apresentam margem esclerótica contínua da placa
vertebral, reação osteoblástica e podem ser detectados por radiografia, TAC ou RM (KIM; JANG, 2018). Os NS identificados post mortem podem ser comparados com os visíveis exames médicos.

Conclusões

Os NS podem ser considerados característica individualizante e portanto úteis na identificação humana.

Referências e agradecimentos

CUNHA, Eugênia. Considerações sobre a antropologia forense na atualidade. Revista Brasileira de Odontologia Legal, v. 4 n. 2, 2017.
KIM, Saeyoung; JANG, Seungwon. Radicular pain caused by Schmorl’s node: a case report. Revista Brasileira de Anestesiologia, v. 68, p. 322-324, 2018.
WALDRON, Tony. Paleopathology. Cambridge: Cambridge University Press, 2009.

Ao Laboratório de Antropologia Forense, da Universidade de Coimbra, por conceder os materiais e sala imprescindíveis para a realização desse trabalho.

Palavras Chave

Patologia, identificação, corpo vertebral.

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