Dados do Trabalho


Título

AVALIAÇAO DA UTILIZAÇAO DO METILFENIDATO NO MEIO ACADEMICO: UMA REVISAO SISTEMATICA

Fundamentação/Introdução

O metilfenidato é amplamente difundido no meio acadêmico como a “pílula da inteligência”, porém os riscos do uso sem acompanhamento são abordados com menor relevância entre os acadêmicos.

Objetivos

Avaliar o uso do metilfenidato no meio acadêmico brasileiro através de uma revisão sistemática da literatura.

Delineamento e Métodos

Uma revisão sistemática da literatura cujas bases de dados utilizadas foram: Google Acadêmico, SciELO, Mediline e Lilacs entre 2014-2024, através dos termos: Metilfenidato; Ritalina; Acadêmicos; Universitários; Estudantes; Brasil.

Resultados

O resultado do processo de busca foi de 7.468 artigos nas quatro bases de dados pesquisadas. Posteriormente, foi realizada a triagem dos artigos pelos títulos e resumos, dos quais 102 artigos foram selecionados, dos quais 77 artigos foram excluídos por serem artigos incompletos, artigos de revisão de literatura, artigos com estudantes em ensino médio, artigos com estudantes em ensino fundamental, artigos realizados em outros países e artigos que não avaliaram em nenhum grau o efeito do uso do metilfenidato ou não relataram dados epidemiológicos, resultando em 13 artigos. Dos 13 artigos, 9 artigos foram selecionados a partir dos critérios de elegibilidade. As pesquisas que avaliam o uso do metilfenidato no meio acadêmico foram realizadas em grande parte nas regiões sudeste e sul do Brasil, avaliando principalmente os cursos de graduação da área da saúde e bem-estar, mais especificamente do curso de medicina. Os acadêmicos adultos jovens e do sexo feminino compõem a maioria do perfil dos artigos. Os artigos revelaram um dado preocupante em relação a quantidade de acadêmicos que utilizam o metilfenidato para potencializar aspectos relacionados a concentração e que começaram a utilizar o medicamento durante a faculdade, além dos acadêmicos conseguirem adquirir o medicamento sem prescrição médica e sem realizar acompanhamento. Outro dado impactante é entre os efeitos relatados, de que mesmo havendo efeitos colaterais como piora da qualidade do sono, ansiedade e irritabilidade, os efeitos caracterizados como positivos (como melhora da concentração e do raciocínio) são descritos como mais relevantes do que os efeitos negativos.

Conclusões/Considerações Finais

Os artigos abordam a motivação e efeitos descritos pelos participantes. Sexo feminino, adultos jovens e graduação em medicina, compõem o principal perfil dos acadêmicos investigados, além do efeito positivo ter mais impacto do que efeitos colaterais.

Palavras Chave

Metilfenidato, meio acadêmico, efeitos colaterais, adultos jovens, Brasil.

Arquivos

Área

TEMA LIVRE

Autores

MICHELE SEVERO FERREIRA, DAIANA MEZAROBA WAIS, GUSTAVO MOTTIN RIZOWY