XI Congresso Sulbrasileiro de Biomedicina / I Congresso Sulbrasileiro de Biomedicina Estética

Dados do Trabalho


Título

IMPORTANCIA DO HEMOGRAMA NO PROGNOSTICO DA DENGUE

Fundamentação/Introdução

A infecção pelo vírus da dengue resulta numa doença dinâmica e sistêmica, de amplo espectro clínico, podendo evoluir para remissão espontânea ou agravamento, exigindo reavaliações contínuas. Desta forma, na dengue, o hemograma auxilia na avaliação do estado de saúde, visto que avalia quali-quantitativamente os componentes celulares sanguíneos, os quais são afetados conforme o percurso clínico da infecção.

Objetivos

Realizar uma revisão de literatura para analisar a importância do hemograma no prognóstico da dengue

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica para o qual foram acessadas as bases de dados da SciELO e PubMed utilizando os termos “dengue” e “hemograma"; incluídos artigos do período de 2016 a 2023.

Resultados

A dengue é a arbovirose mais comum do mundo, transmitida através da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, apresentando quatro sorotipos (DENV-1 a DENV-4) causadores da doença, em que a cocirculação de diferentes sorotipos corroboram com casos graves. O diagnóstico baseia-se no quadro clínico, epidemiologia e exames laboratoriais de detecção, sendo o hemograma um marcador de risco. Não fornece dados específicos da infecção, e sim, proporciona a avaliação das três linhagens celulares (eritrócitos, leucócitos e plaquetas) para prognóstico.
A infecção apresenta uma extensa dinâmica, que varia da dengue clássica à febre hemorrágica, que pode evoluir para óbito. No hemograma da dengue clássica, observa-se apenas uma leucopenia variável com linfocitose e plaquetopenia leve. Verifica-se uma diminuição do número de leucócitos totais e aumento do número de linfócitos à medida que a fase febril se aproxima do fim.
Na dengue hemorrágica, pode haver leucopenia ou uma leve leucocitose, presença de linfócitos atípicos, hemoconcentração de até 20% quando comparado ao valor basal e trombocitopenia intensa (<20.000 plaquetas/mm3). Sendo que, a leucocitose está associada ao desenvolvimento de complicações, assim como a baixa contagem de plaquetas, enquanto a presença de no mínimo de 10% de linfócitos atípicos é um bom indicador para cura.

Conclusões/Considerações Finais

As principais alterações hematológicas observadas a partir do hemograma nos pacientes infectados por dengue são: leucopenia, plaquetopenia e linfocitopenia, além de hemoconcentração e linfócitos atípicos, constatadas conforme estado clínico do paciente. Sendo assim, o hemograma serve como instrumento para acompanhar a evolução à cura ou agravamento da doença.

Palavras Chave

Dengue; hemograma; prognóstico.

Arquivos

Área

Tema Livre

Autores

ANA PAULA HENTGES, ELIANE ROSELI WINKELMANN, EVELISE MORAES BERLEZI