XI Congresso Sulbrasileiro de Biomedicina / I Congresso Sulbrasileiro de Biomedicina Estética

Dados do Trabalho


Título

COMPARAÇAO DE METODOS DE EXTRAÇOES DE DNA DE TECIDOS PARAFINADOS PARA TESTES MOLECULARES UTILIZANDO AMOSTRAS DO ESTUDO STOP-HPV

Fundamentação/Introdução

Análises moleculares podem complementar o diagnóstico de câncer em amostras de tecidos tumorais e regiões adjacentes. No entanto, uma limitação dessas amostras, geralmente impregnadas em parafina, é a obtenção do DNA em quantidade e qualidade adequadas para os testes moleculares, uma vez que a fixação do tecido pode degradar o DNA. Portanto, a utilização de um método de extração de DNA que atenda aos parâmetros dos testes moleculares é crucial para o aprimoramento do diagnóstico.

Objetivos

Comparar dois métodos de extração de DNA de tecidos conservados em blocos de parafina visando à realização de PCR em tempo real para genotipagem de HPV.

Delineamento e Métodos

Dois protocolos de extração de DNA foram utilizados em 10 tecidos tumorais parafinados de indivíduos com câncer de cabeça e pescoço participantes do Estudo STOP-HPV. Em um dos protocolos utilizou-se um kit comercial MagNA Pure LC DNA Isolation Kit II (Tissue) e o equipamento automatizado MagNA Pure LC 2.0 da Roche Diagnostics; no outro, utilizou-se solventes orgânicos em um protocolo in-house. O DNA extraído foi submetido à verificação de qualidade e quantidade utilizando BioSpec Nano bem como análise de eficiência de amplificação por PCR em tempo real com o kit Anyplex™ II HPV28 (Seegene). Câncer de cabeça e pescoço pode estar associado à infecção por HPV e o kit contém primers e sondas para detecção do vírus e de um gene constitutivo (controle interno).

Resultados

A concentração de DNA obtida nos protocolos variou de 10,2 a 26,5 ng/μl e 102,2 a 680 ng/μl para os métodos automatizado e in-house, respectivamente. Em relação à qualidade, a razão entre absorbâncias medidas a 260 nm e 280 nm foi superior a 1,8 para o protocolo automatizado e aproximadamente 1,5 para o método in-house. Das 10 amostras extraídas por ambas metodologias, 5 apresentaram resultados válidos na PCR, independente do método de extração. No entanto, o método in-house permitiu a amplificação de 2 amostras a mais do que o automatizado.

Conclusões/Considerações Finais

Quando comparados os protocolos, o in-house permitiu obter DNA em maior quantidade com qualidade adequada e apresentou melhor desempenho no teste molecular. Além disso, o método dispensa a necessidade de aquisição de um equipamento de extração e o uso de kit comercial, revelando-se uma alternativa viável para a obtenção de DNA a partir de tecido parafinado. Essa metodologia torna o material acessível para análise molecular, permitindo complementar o diagnóstico de câncer.

Palavras Chave

Extração de DNA, Tecidos Parafinados, Análise Molecular

Arquivos

Área

Tema Livre

Autores

AMANDA DE CARVALHO ROBAINA, ANA PAULA MUTERLE VARELA, CAMILA BONALUME DALL' AQUA, ISABEL CRISTINA BANDEIRA , ELIANA MÁRCIA WENDLAND