Dados do Trabalho

Título

ABORDAGEM COMPUTACIONAL PARA INIBIÇAO DO GENE MCR-1 USANDO UM COMPOSTO NATURAL COMO ESTRATEGIA ANTIMICROBIANA

Fundamentação/Introdução

As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) ocorrem durante atendimento médico, sendo mais graves em ambientes hospitalares devido à imunidade comprometida dos pacientes. A prevenção é possível através de medidas discutidas pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). O uso excessivo de antibióticos pela população levou à resistência microbiana. Colistina, ou Polimixina E, é um antibiótico usado na pecuária contra Escherichia coli, mas sua toxicidade levou ao abandono, sendo resgatada como último recurso contra bactérias resistentes. O gene plasmidial mcr-1, descoberto na China, confere resistência à colistina. A Aloe emodin, presente em plantas como a babosa, exibe propriedades antibacterianas e cicatrizantes. O docking molecular é uma técnica que insere estruturas químicas em proteínas-alvo, verificando a eficiência da ligação ligante-proteína.

Objetivos

Identificar a capacidade de inibição do gene mcr-1 com A. emodin.

Delineamento e Métodos

O alvo escolhido para os testes de docking molecular foi o domínio catalítico da proteína MCR-1 de Escherichia coli (Código PDB: 5GOV) e o ligante A. emodin (código 10207) foi obtido do PubChem. O software AutoDock Vina avaliou a afinidade entre proteína e ligante, enquanto o Discovery Studio 2021 visualizou a interação com resíduos proteicos.

Resultados

Foi revelado afinidade de ligação de -6,29 kcal/mol e eficácia de interação de -0,31. O A. emodin mostrou alta afinidade e interação com o resíduo THR 107, o sítio ativo da proteína. O resultado alinha-se com Jaing e colaboradores onde foi comprovado a eficiência do A. emodin inibiu a capacidade da α-toxina formar poros do Staphyloccocus aureus. Trindade e colaboradores (2023) testaram a capacidade antibacteriana de diversos compostos naturais, onde o A. emodin teve o melhor resultado, corroborando com esse estudo.

Conclusões/Considerações Finais

A abordagem da resistência bacteriana de amplo espectro representa um desafio substancial no âmbito da saúde pública contemporânea. Em paralelo a experimentações in vitro, simulações computacionais constituem uma ferramenta complementar valiosa, fomentando a apreensão mais abrangente das interações enzimáticas subjacentes. A imperatividade de investigações de cunho aprofundado em relação a fitoterápicos como viáveis alternativas se apresenta como um requisito premente.

Palavras Chave

Docking Molecular
Multirresistência
Colistina

Arquivos