Dados do Trabalho
Título
N-ACETIL-Β-D-GLUCOSAMINIDASE COMO MARCADOR PROGNOSTICO DE NEFROPATIA EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2: REVISAO SISTEMATICA E META-ANALISE
Fundamentação/Introdução
O diabetes mellitus (DM) constitui um problema crescente de saúde pública. Estima-se que cerca de 540 milhões de adultos sejam portadores dessa condição, sendo aproximadamente 90% dos casos relacionados ao diabetes do tipo 2 (DM2). Um dos desafios associados ao DM é o desenvolvimento de complicações crônicas, que incluem a nefropatia diabética, uma das principais causas de terapia de substituição renal. A patologia renal resulta, em parte, da dificuldade em estimar de forma precisa o risco de progressão da doença renal diabética (DRD), devido às limitações dos métodos atuais em distinguir a função renal compensatória ocasionada por uma taxa de filtração glomerular aumentada, causada pelos danos renais, principalmente nas fases iniciais da nefropatia diabética. Portanto, a identificação de marcadores que possam auxiliar no diagnóstico precoce da DRD é de extrema relevância para fornecer cuidados adequados ao paciente diabético e prevenir a necessidade de transplante renal. A N-acetil-beta-D-glucosaminidase urinária (uNAG), uma enzima tubular, vem sendo avaliada por diversos estudos, com potencial para ser um fator prognóstico para nefropatia diabética.
Objetivos
Avaliar o uso da uNAG como marcador prognóstico de nefropatia em pacientes com DM2.
Delineamento e Métodos
O estudo caracterizou-se como uma revisão sistemática, assim, foi realizada uma estratégia abrangente de busca utilizando palavras-chave: “diabetic nephropathy”, “diabetic kidney disease”, “diabetes mellitus type 2”, “N-acetyl-β-D-glucosaminidase”. A busca por estudos foi realizda nas seguintes bases de dados: PubMed (Medline), EMBASE, LILACS, CENTRAL e IBECS. A pesquisa limitou-se a humanos, não havendo restrições de idioma.
Resultados
Foram incluídos 16 estudos, publicados entre os anos de 1995 e 2021, com um total de 1669 pacientes. A partir dos estudos incluídos, foi possível a realização de uma meta-análise, comparando 77 pacientes diabéticos com normoalbuminúria e 73 pacientes diabéticos com macroalbuminúria. A análise apresentou uma diferença de média padronizada (DMP) de -1,47, com Intervalo de Confiança (IC) de 95% de -1.98 a 0,95 (p < 0,00001; I2 = 45%).
Conclusões/Considerações Finais
A partir dos resultados obtidos, observa-se que a dosagem de uNAG em pacientes macroalbuminúricos comparados com pacientes com normoalbuminúria apresentou diferença estatística significativa, podendo ser um possível marcador prognóstico para DRD nesses pacientes.
Palavras Chave
Diabetes, Biomarcador, normoalbuminúria, macroalbuminúria, revisão sistemática.
Arquivos
Área
Tema Livre
Autores
MARIA LAURA RODRIGUES UGGIONI, GABRIELE DA SILVEIRA PRESTES, AUGUSTO DOS SANTOS BITENCOURT, RÉGIS LEÃES VARGAS FILHO, MARIA INÊS ROSA