Dados do Trabalho

Título

DIETA CONTENDO DISSELENETO DE DIFENILA PROTEGE CONTRA A IMUNOTOXICIDADE INDUZIDA PELO CLORETO DE METILMERCURIO VIA SINALIZAÇAO PURINERGICA USANDO CARPAS (CTENOPHARYNGODON IDELLA) COMO MODELO EXPERIMENTAL

Fundamentação/Introdução

Ao longo da história da humanidade, o peixe foi considerado um alimento básico na dieta humana por ser uma fonte importante de vitaminas, minerais, aminoácidos e ácidos graxos essenciais. Atualmente, a produção de animais aquáticos é o setor de produção de animais que mais cresce no mundo, e deve se expandir ainda mais para atender a um crescente aumento da população mundial. No Brasil, o consumo de peixe cresceu exponencialmente nos últimos anos, uma vez que a população passou a conhecer melhor seus benefícios nutricionais, inclusive o consumo da carpa capim (Ctenopharyngodon idella), um dos mais importantes peixes cultivados e comercializados no Rio Grande do Sul e uma das espécies mais produzidas no Brasil.
Entretanto, o mercúrio (Hg) vem sendo um contaminante global, persistente e bioacumulativo liberado por fontes naturais ou antropogênicas.
Reconhecido por seu potencial tóxico e teratogênico, é capaz de se bioacumular nos tecidos comestíveis e biomagnificar através da cadeia alimentar, podendo ser consumido pelo homem. Assim, os peixes expostos a diferentes formas de Hg estão relacionados a vários efeitos imunotóxicos, prejuízos na resposta imune e alterações nos níveis de citocinas anti-inflamatórias.

Objetivos

O objetivo deste estudo foi avaliar se a suplementação alimentar com Ph 2 Se 2 preveniria
o prejuízo nas respostas imunes e inflamatórias provocadas pelo CH 3 HgCl via proteção na
sinalização purinérgica em órgãos imunes de peixes.

Delineamento e Métodos

CH 3 HgCl e Ph 2 Se 2 foram adquiridos da empresa Sigma-Aldrich (St. Louis, Missouri, EUA). Uma dieta basal foi formulada e forneceu todos os requisitos nutricionais para a carpa capim. Para preparar uma dieta suplementada, Ph 2 Se 2 (3 mg/kg de ração) foi adicionado à dieta basal preparada; esta concentração foi baseada em Fiuza et al (2018), que demonstraram os efeitos protetores deste principio ativo em um modelo de envenenamento por Hg usando bagre prateado como modelo experimental.

Resultados

A suplementação de Ph 2 Se 2 não afetou significativamente a atividade da ADA em homogeneizados de tecido ou linfócitos em comparação com o grupo controle. A suplementação com Ph 2 Se 2, no entanto, impediu o aumento da atividade da ADA em tecidos e linfócitos que foi observado em peixes expostos ao CH 3 HgCl.

Conclusões/Considerações Finais

Em carpas expostas a CH 3 HgCl, a suplementação dietética com 3 mg de Ph 2 Se 2 /kg de ração, impediu diminuição da atividade da NTPDase e o aumento da atividade da ADA em tecidos e linfócitos observados.

Palavras Chave

Palavras-chave: sistema imune; selênio; mercúrio; ATP.

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